fb-embedO que o futuro reserva para recursos humanos? HSM Management

Gestão de pessoas

3 min de leitura

O que o futuro reserva para recursos humanos?

As transformações aceleradas exigem novos papéis do RH nas organizações. Neste artigo, proponho três deles e elenco algumas habilidades necessárias para desempenhá-los

Wellington Silvério

08 de Julho

Compartilhar:
Artigo O que o futuro reserva para recursos humanos?

O mundo mudou e seguirá mudando, e o que paira no ar é o quanto seremos capazes de resistir e existir ante a estas mudanças! No âmbito organizacional, tampouco existem paredes suficientemente fortes para deter o inevitável impacto das mudanças e o fato é que isso é muito bom para todos nós, empresas e profissionais.

Por décadas, temos assistido as organizações migrarem cada vez mais para modelos focados na competição desmedida, que, por diversas vezes, colocou o fator humano em segundo plano em prol de maior produtividade, competividade e ganhos. O equívoco está em não perceber que valorizar as relações humanas como a base para um negócio sustentável se apresenta como o caminho de maior impacto e perenização das organizações.

Se está claro que a única constante é a mudança e que ela se dá por meio das pessoas, o capital humano ganha cada vez mais relevância. E onde isso tudo sinaliza para um futuro brilhante para a área e os profissionais de recursos humanos?

Ao assumir seu papel de protagonista nos processos de transformação organizacional, a área de recursos humanos tem a real possibilidade de liderar o caminho na mudança do mindset dominante e ocupar seu lugar à frente do negócio de modo proativo.

À frente do negócio? Sim, pois ao identificar tendências, fazer as provocações corretas e necessárias, ao se expor, se comunicar com todos os níveis da organização de forma clara e eloquentemente, e incorporar uma atitude ágil e inovadora, o RH será o farol, guiando a organização, de forma segura, num mar revolto e transformacional.

E agora, RH, quais são os caminhos?

Ao abraçar e desenvolver sua potencialidade, o RH torna-se o pilar fundamental para a construção de organizações mais humanizadas, que se sustentarão no tempo e serão referência de caminho e, consequentemente, de modelo a ser seguido.

Mas assumir uma nova postura não vai acontecer em um simples passe de mágica. Portanto, a área de RH deve navegar nas ondas da transformação e repensar suas atuais capacidades e assumir três papéis críticos ao sucesso:

Desenhador organizacional

Neste papel, o RH se distancia da habitual padronização e aplicação de políticas internas e assume a responsabilidade de arquitetar estrategicamente o trabalho e modelos organizacionais em toda a empresa. Neste contexto, são habilidades essenciais do profissional de RH:

  • Exercer presença genuína.

  • Buscar novas responsabilidades e lugar no negócio.

  • Adotar pensamento disruptivo.

  • Manter o foco na experiência do cliente e no negócio.

Agente de transformação

Aqui, o que se espera é que a área de RH assuma, sem culpas ou desculpas, seu papel de real protagonismo de ação transformacional, capturando as grandes oportunidades na construção de uma organização voltada ao novo, construído no hoje. Para ser um agente de transformação, é preciso:

  • Desenvolver pensamento ágil e de inovação.

  • Adotar atitude de inovação.

  • Acompanhar as tendências impactantes.

  • Conectar-se com o futuro do trabalho e suas novas formas.

Pensador estratégico

Por fim, na condição de pensador estratégico, o RH gera o combustível cultural necessário para a consolidação de organizações realmente prosperas e à frente em seu tempo. Para assumir este papel, é necessário:

  • Incorporar prospectiva de futuro.

  • Antecipar movimentos disruptivos.

  • Identificar inovação incremental.

  • Compreender as características de organizações exponenciais.

Em resposta às dúvidas sobre o que temos à frente e sua própria existência, fica claro que futuro na verdade se apresenta bastante estimulante e desafiador para a área de recursos humanos. Mãos à obra.

Confira outros conteúdos sobre gestão de pessoas na Comunidade HR4T - HR 4 Tomorrow.

Compartilhar:

Autoria

Wellington Silvério

Wellington Silvério é diretor de RH para América Latina na John Deere. Psicólogo, pós-graduado em RH, possui MBA em gestão de negócios e especialização em gestão do comportamento. É mestre em psicologia social com foco em bem-estar no trabalho.

Artigos relacionados

Imagem de capa Cinco estratégias para aprimorar a escuta ativa - essencial no mercado

Gestão de pessoas

12 Outubro | 2023

Cinco estratégias para aprimorar a escuta ativa - essencial no mercado

Em um mundo acelerado e com a agenda cheia, parar todas as atividades e ouvir podem ser tarefas difíceis de encaixar na rotina agitada e ocupada. Mas é fundamental que o mercado corporativo reconheça e valorize a importância da escuta ativa

Marcelo dos Santos

4 min de leitura

Imagem de capa Quer atrair, reter e engajar colaboradores millennials? Seja uma empresa diferente

Gestão de pessoas

04 Outubro | 2023

Quer atrair, reter e engajar colaboradores millennials? Seja uma empresa diferente

Pessoas nascidas entre os anos 1980 e o final da década de 1990 se interessam mais por qualidade de vida, tecnologia e empreendedorismo. Então, para tê-las em sua equipe, a organização deve ser diferenciada e manter-se fiel ao seu propósito

Thiago Gomes

3 min de leitura

Imagem de capa Gestão de pessoas como estratégia para o sucesso das startups

Gestão de pessoas

29 Setembro | 2023

Gestão de pessoas como estratégia para o sucesso das startups

A pauta sobre a necessidade da área de recursos humanos ser estratégica é recente no mercado de trabalho, mas essencial para o cenário atual. Uma gestão de pessoas adequada deve ter um forte alinhamento interno, com colaboradores engajados e incansáveis na busca por resultados

Marcus Vaccari

4 min de leitura

Imagem de capa Não esqueça das pessoas na agenda ESG! (elas são prioridade)

Gestão de pessoas

24 Julho | 2023

Não esqueça das pessoas na agenda ESG! (elas são prioridade)

Já é de conhecimento geral no mundo corporativo que o ESG tem como foco o ambiental, o social e a governança. Mas o ativo é a gestão de pessoas e deve ter a atenção das organizações

Lisandra Brasil

2 min de leitura

Imagem de capa Gamificação pode ser uma ajuda (sem volta) no processo de liderança

Gestão de pessoas

05 Julho | 2023

Gamificação pode ser uma ajuda (sem volta) no processo de liderança

Uns dos principais desafios no ambiente corporativo são o engajamento e a motivação. Ferramentas gamificadas podem ser ótimos recursos para melhor a produtividade e o sentimento de pertencimento dos colaboradores

Thiago Gomes

2 min de leitura