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Investimento em customer experience diferencia PMEs

Em busca da fidelização, empreendedores apostam na criação de relacionamento com os clientes por meio de experiências personalizadas

Angela Miguel

29 de Junho

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Artigo Investimento em customer experience diferencia PMEs

Se você já precisou trocar um produto ou se sentiu enganado pela propaganda de um serviço após sua compra sabe como uma experiência satisfatória é essencial para a escolha de uma recompra. Segundo a pesquisa CX Trends 2021, 62% dos entrevistados disseram ter desistido de uma compra por conta de uma experiência negativa em 2020; 43% afirmaram que essa experiência foi determinante para impossibilitar a compra mais de uma vez.

Esses são números preocupantes quando colocados na ponta do lápis pelos negócios, especialmente no caso das pequenas e médias empresas, já que a qualidade do serviço e do pós-venda está entre os fatores principais que garantem a fidelização de compradores em mercados concorridos. Contudo, há uma disparidade considerável a respeito da percepção do impacto dessa experiência entre companhias e clientes.

O mesmo CX Trends 2021 indicou que enquanto 76% das organizações acreditam oferecer uma boa experiência de venda, apenas 49% dos clientes têm a mesma opinião sobre as compras realizadas. E a pesquisa traz outro dado importante para as PMEs: 81% dos consumidores afirmaram dar preferência a marcas que oferecem (de verdade) uma experiência satisfatória.

comportamento-do-cliente-chatbot-CX Fonte: CX Trends 2021

São números como esses que mostram a relevância do customer experience (ou CX) para a sobrevivência e o sucesso dos negócios, independente de seu porte. Em matéria da edição 136 da HSM Management, o consultor, autor e especialista em CX, Roberto Madruga, propôs um comparativo entre o comportamento dos clientes antes e depois da era omnichannel e do avanço tecnológico empregado pelas empresas em sua relação com os consumidores.

comportamento-do-cliente-CX Fonte: HSM Management, edição 136

Na atualidade, portanto, compradores não têm receio de abandonar marcas que falham na jornada de vendas e fazem questão de divulgar quão negativa foi a experiência obtida. Mais do que canais como Reclame Aqui, por exemplo, os consumidores utilizam as redes sociais pessoais e as páginas oficiais dos negócios para anunciar quão problemática foi a relação estabelecida. Os consumidores querem ser ouvidos, compreendidos e atendidos de todas as formas e em todas as plataformas.

Reinventando jornadas digitais

Diante dessa perspectiva, se grande parte das iniciativas de CX está atrelada ao universo online, principalmente dada a conjuntura pandêmica, empresas de todos os portes têm a obrigação (e o desafio) de reimaginar as jornadas digitais dos consumidores. Ainda segundo o estudo CX Trends 2021, 70% das organizações já utilizam um sistema de atendimento para monitorar a qualidade do serviço e para encontrar insights para a geração de novas estratégias.

Nesse sentido, é possível identificar um crescimento da adoção de automatizações como chatbots para o atendimento. Das organizações entrevistadas, 31% já utilizam robôs, enquanto outras 35% pretendem adotar a tecnologia em breve. Contudo, se por um lado, os chatbots garantiram agilidade no atendimento e diminuição no tempo de resposta, por outro lado, muitos consumidores ainda preferem se relacionar com seres humanos.

Levantamento da Infobip entrevistou cerca de 1200 consumidores e revelou que um a cada quatro já usaram chatbots para respostas imediatas. No entanto, os respondentes esperam que os chatbots pudessem ser mais humanizados – 60% deles afirmaram que ficariam insatisfeitos caso descobrissem estarem interagindo com máquinas. Os números do gráfico abaixo mostram que ainda não há unanimidade entre a recepção dos chatbots:

comportamento-do-cliente-chatbot-CX-2 Fonte: CX Trends 2021

Simultaneamente, o WhatsApp também tem sido citado como outro meio bastante popular no atendimento das empresas, especialmente para pequenas e médias empresas. Antes da pandemia, 98% das empresas e 29% dos consumidores já recorriam ao WhatsApp para realizar transações. Em 2020, outras 19% das organizações e 22% dos clientes passaram a adotar o aplicativo de mensagem – e esses números devem aumentar com o WhatsApp Pay.

Experiência online ampliada

Buscando agilidade, redução de gastos e personalização, a experiência virtual dos clientes é explorada por companhias de segmentos diversos que atuam no B2B ou no B2C. Um exemplo dessa “obsessão” pela satisfação do cliente é Meoo, serviço de carro por assinatura da Localiza. Com Meoo, empreendedores e donos de PMEs podem escolher modelos diversos para sua frota de até 10 veículos personalizados e todo o trâmite para a contratação é realizado online.

Por meio de aplicativo, quem confia em Meoo pode escolher o modelo ideal para o porte e as necessidades de seu negócio, a quantidade e as especificidades de cada veículo e resolver todas as questões relacionadas à documentação e manutenção de maneira remota e virtual.

Pelo app exclusivo, o assinante tem acesso na palma da mão à regularização dos carros no Detran, filas de vistoria, renovação de seguro, emissão de boleto do IPVA e pagamentos de oficina após incidentes. Com uma equipe disponível 24 horas, todo assinante conta com auxílio para todo tipo de emergência.

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Autoria

Angela Miguel

Angela Miguel é editora de conteúdos customizados das revistas HSM Management e MIT Sloan Management Review Brasil.

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