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SXSW: No encerramento, reflexões e insights para o futuro

Dilma Campos, CEO da Nossa Praia e Head de ESG da B&Partners, ao lado de Ligia Mello, trazem perspectivas enxergadas no SXSW que ressoam no público brasileiro. No capítulo de encerramento dessa série, uma reflexão sobre os temas apresentados.

Colunista Dilma Campos

Dilma Campos

18 de Março

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Artigo SXSW: No encerramento, reflexões e insights para o futuro

E o SXSW chegou ao fim!

Foi uma jornada intensa, contagiante, onde encontrei muitos amigos, amigas e colegas, dias de intenso networking! Quanto aos conteúdos, impossível dar conta de tudo. Tem para todos os gostos e interesses. Estou feliz com minha seleção para esse Festival. Tendências de futuro, novas tecnologias, comportamento humano, inclusão, impacto ambiental, relacionamentos reais, saúde mental.

Saio com a sensação de que a diversidade de temas enriquece os conhecimentos e abre ainda mais a cabeça para o pensamento criativo!

Com o olhar de uma novata no maior festival de inovação do mundo resolvi fazer diferente. Queria entender como todas as tendências e futuros que vemos por aqui ressoam no Brasil. Com a parceria da minha amiga Ligia Mello, sócia e CSO da Hibou, resolvemos repercutir as temáticas do SXSW no Brasil, repercutindo 5 temas:

Diversidade e Inclusão nas Empresas: apesar de os brasileiros afirmarem que a capacidade profissional e produtiva das pessoas independe de seu gênero ou mudança de gênero, a maioria vive situações de desconforto em relação a pessoas trans no ambiente de trabalho. Temos muito ainda para evoluir nessa frente.

Ciência e Tecnologia: diferente dos americanos, os brasileiros veem relevância e impacto positivo da ciência na sua vida. Em relação à tecnologia, a aquisição de dispositivos inteligentes e autônomos não está no radar de mais da metade dos brasileiros nos próximos três anos.

5 Incertezas sobre o Futuro: tendo como inspiração os cenários levantados por Amy Webb, observamos que os brasileiros se preocupam com o uso dos dados pessoais por tecnologias como a IA e temem o impacto da tecnologia no emprego. Eles também entendem que as empresas têm importante papel na descarbornização do planeta e na criação de caminhos alternativos de produção local, evitando as tensões geopolíticas globais.

Curiosidade e inovação: o pensamento criativo é uma das habilidades mais buscadas nos profissionais pelas empresas. De forma geral, os brasileiros dizem ter um ambiente propício para a criatividade no trabalho, porém nem sempre isso é aplicado na rotina diária.

Vulnerabilidade e relações reais: os brasileiros dizem equilibrar as interações presenciais e digitais, porém reconhecem que a redução dos encontros sociais leva as pessoas a situações desconfortáveis, como aumento de ansiedade e irritabilidade. Ou seja, percebem o impacto negativo da hiperconexão na saúde mental.

Olhando para todos os resultados, o que percebemos é que alguns dos cenários e temas apresentados aqui em Austin ainda estão à margem da rotina dos brasileiros, que enxerga outras prioridades no momento.

É importante que as marcas olhem para essa direção e entendam o que mais se conecta com os consumidores brasileiros. Conhecer suas dores e prioridades é essencial para desenhar os movimentos e ações mais aderentes às suas realidades. Elas apontam ainda caminhos para ressignificar as relações humanas, “construindo mais pontes do que barreiras”, para usar palavras de Lígia.

Espero que estes artigos tenham trazido insights e inspirações para provocar movimentos que contribuam para as mudanças que precisam ser realizadas no nosso país. Seja no cuidado com os colaboradores nas empresas, seja atendendo aos verdadeiros anseios e dores dos clientes.

Meu desejo é que possamos aplicar essas novas tecnologias, inovações e a criatividade a favor de relações mais humanas, justas e felizes e que possamos construir um mundo mais sustentável e colaborativo para todos.

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Colunista

Colunista Dilma Campos

Dilma Campos

CEO e Partner da Nossa Praia e Head de ESG da BPartners.co Conselheira da Universidade São Judas, 99 jobs, Ampro – Associação de Marketing Promocional, São Paulo Companhia de Dança e Solum Capital.

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