Empresa preocupada com saúde é mais valorizada pelos colaboradores
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“A maior barreira à coragem não é o medo e, sim, a perfeição – uma armadura que vestimos para não encarar nossas vulnerabilidades.” Esta frase é da Brené Brown, psicóloga americana que vem nos ensinando o poder da vulnerabilidade em nossas relações, incluindo o trabalho.
Posso dizer que encarar minhas vulnerabilidades ao longo da carreira, muitas vezes, não foi fácil. Talvez por ser primogênita, minha exigência por ter boas notas e ser competitiva sempre foram traços fortes da minha personalidade.
Mas, como dizem os mais velhos, a vida ensina e, com o tempo, fui entendendo como ser transparente e vulnerável melhora nossas relações, incluindo aquelas de trabalho.
Isso ficou ainda mais evidente recentemente, quando publiquei um texto sobre todas as mudanças de rota que minha carreira tomou. Contei no LinkedIn como a falência do meu pai me levou a batalhar por uma vaga de engenharia numa faculdade pública, minha mudança de carreira para o marketing até a nova guinada, depois de 20 anos, com minha escolha por vir para unico, deixando o conforto das grandes corporações. Meu post teve mais de 200 mil visualizações – um número infinitamente maior do que normalmente recebo em meus posts.
Mais do que a própria viralização, o que me chamou atenção foi a quantidade de pessoas que me escreveu, nos comentários ou em mensagens diretas, dividindo suas histórias, comentando seus fracassos, compartindo suas angústias.
E posso dizer que isso inclui muitas pessoas que nem conheço pessoalmente, que por alguma afinidade me seguem ou que, pelo tema, foram impactadas pela postagem. Uma conexão profunda e genuína.
Mas, se afinal ser vulnerável é tão poderoso na conexão com pessoas, por que não exercemos isso mais vezes no nosso dia a dia do trabalho? Como fazer para que não precisemos trabalhar em armaduras, como se fossemos para uma guerra?
Compartilho com você, leitora ou leitor, três passos que contribuíram e continuam a contribuir para o meu exercício de vulnerabilidade:
Conhecer a si mesmo e entender quais são as suas vulnerabilidades é o primeiro passo. Muitas vezes aprendi isso na marra, com os erros e fracassos, mas foi em processos de coaching e treinamentos que eu me conheci. Isso nos torna mais autoconfiantes e é muito mais fácil tirar a armadura.
Estar em um ambiente que está aberto à experimentação, ao erro e ao diálogo também ajuda porque seguramente será um lugar de coragem e inovação. Eu tenho vivido isso desde que vim trabalhar na unico. Temos pressa, dobramos de tamanho a cada ano e também acreditamos que as soluções para os problemas que queremos resolver ainda não forma criadas, por isso precisamos testar, aprender e errar. Se há erro, não há perfeição.
Para que alguém baixe seu escudo, a pessoa precisa ver que você também está de peito aberto. Criar um ambiente de confiança significa ser transparente, direto e, ao mesmo tempo, respeitar a individualidade de cada um. É um trabalho diário, principalmente se você for o chefe.
Não é fácil, mas vale muito a pena. Que tal ser mais vulnerável?
Trocou as grandes corporações pelo mundo das startups e atualmente é CMO da unico, IDTech especializada em tecnologia para identidades digitais.
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