Empresa preocupada com saúde é mais valorizada pelos colaboradores
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Líderes podem enfrentar desafios na gestão do próprio estresse ao priorizar apenas a saúde mental dos seus liderados. Mas é possível trabalhar em benefício próprio, assim como de seus colaboradores
Lisia Prado
28 de Agosto
A dinâmica incessante e as incertezas que permeiam os negócios contemporâneos exercem um impacto profundo em nossa vivência. Os líderes, embora busquem orientação em propósitos inovadores, frequentemente se veem imersos na administração de crises e na pressão por resultados. Agravando este panorama, emerge o esgotamento gerado pelo esforço de atender às demandas familiares além do expediente.
De fato, muitos gestores se vêem sobrecarregados pelo efeito cumulativo desse cenário caótico, caracterizado por constantes reviravoltas. E, neste contexto, somam-se as expectativas de guardar ativamente a saúde mental de seus colaboradores, priorizando o bem-estar deles. Adicionalmente, os líderes podem enfrentar desafios na gestão do próprio estresse.
Por vezes, nossos colegas de trabalho estão em um estado de burnout. Trata-se de esgotamento tanto físico quanto mental, frequentemente vinculado à sobrecarga de responsabilidades no trabalho (os profissionais da saúde mental agora também mencionam o burnout parental, que ocorre quando alguém fica sobrecarregado com as demandas dos filhos).
De acordo com uma pesquisa da London School of Economics, estima-se que transtornos mentais como a depressão custem US$ 78 bilhões por ano devido à queda de produtividade. Por isso, empresas no mundo todo têm buscado cada vez mais soluções como treinamentos e apoio psicológico, tanto para líderes quanto para liderados.
Um exemplo é o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, que lançou uma inovação: um programa de capacitação em saúde mental, denominado socorristas mentais, direcionado aos líderes. Esse módulo foi concebido para se tornar uma parte intrínseca do treinamento contínuo dos 190 gestores da instituição hospitalar.
Para auxiliar os líderes a navegarem por esses desafiadores tempos, seguem algumas diretrizes úteis para aqueles que trabalham em prol da preservação da própria saúde mental, bem como a de seus colaboradores:
O impacto mais amplo dessas ações pode reverberar positivamente nas organizações. Ao unir mentes saudáveis e resilientes, ampliam-se exponencialmente as chances de sucesso.
É sócia da House of Feelings, primeira escola de sentimentos do mundo.
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