
Carreira
31 Agosto | 2023
Networking: muito além da busca por emprego e da oportunidade de carreira
3 min de leitura
Carreira
3 min de leitura
Não espere que alguém seja empático a ponto tirar você e sua carreira da estagnação. Apesar das inúmeras variáveis, você é o único responsável pela sua trajetória profissional
Luciano Santos
28 de Maio
"Luciano, estou há três anos na empresa sem nenhuma perspectiva de mudança. Eles não têm plano de carreira ou oferecem qualquer oportunidade de crescimento. O que fazer?"
É bem comum eu receber a questão acima dos meus leitores, vejo algo igual ou parecido quase todas as semanas. Crescer em nossas carreiras é normal e saudável. Aprendemos que temos que fazer esse trajeto. É o que nos motiva e traz uma sensação boa sobre como estamos evoluindo. Quando isso acontece, saímos da tal zona de conforto e, na maioria das vezes, somos jogados em um terreno desconhecido onde o aprendizado e novas experiências acontecem. É lá que nós queremos estar.
Entretanto, às vezes isso pode demorar ou não acontecer da forma que imaginamos. Quando ficamos estagnados, para usar as palavras do próprio leitor, é preciso ter ação e um plano para voltar aos trilhos. É aqui que vejo muita confusão. Afinal, quem é responsável pela minha carreira? Eu, meu chefe ou a empresa? A resposta vai ser curta e grossa: você e mais ninguém.
Sim, eu sei, em um mundo ideal todas as empresas teriam bons planos de carreira, transparência no processo, suporte pleno do time de recursos humanos e um grupo de liderança bem treinado para guiar os times na direção do crescimento. Infelizmente isso existe na maioria das empresas, é a realidade do nosso mercado.
Quando nos vemos nessa situação, é nossa a responsabilidade tomar as rédeas de nossa carreira e fazer com que ela vá à direção correta. O contrário disso é ficar passivamente esperando, sabe-se lá quantos anos a mais, para que alguém venha ao resgate e tire você da apatia profissional. Espere sentado, isso não vai acontecer.
Quando recebo esse questionamento, faço a minha clássica pergunta: o que você está fazendo a respeito disso? Geralmente as respostas são bem similares, e variam entre nada e quase nada. Se o emprego que você está não te oferece o que gostaria para o futuro de sua carreira, você é responsável por mudar essa situação.
Lembro de um dos primeiros empregos que eu tive, em uma transportadora de valores. No começo dos meus vinte e poucos anos, eu trabalhava como assistente de vendas e adorava estar naquele mundo de planilhas, terno e gravata, ligações para clientes, problemas de todos os tipos a cada minuto. No dia a dia, sentia que eu gerava valor para os que estavam ao meu redor. Eu amava aquele ambiente.
Um dia, por causa de uma reorganização, a minha função foi encerrada e tive a opção de ir para a parte logística, longe dos escritórios que tanto curtia. Eu tinha duas opções: (1) ficar e fazer algo que eu não gostava ou (2) procurar uma nova oportunidade.
Escolhi a segunda opção. Sim, eu sei, nem todos têm o privilégio de sair de um emprego sem ter outro à vista e arriscar ficar algum tempo parado. Se esse for o seu caso - era o meu, mas arrisquei assim mesmo – comece a construir sua próxima oportunidade ainda trabalhando no seu emprego atual. Faça cursos, estude inglês, comece a aplicar para alguns processos seletivos para testar sua empregabilidade e coloque energia e intenção na mudança. Acredito que o maior obstáculo para o nosso crescimento profissional não é a falta de oportunidade do local onde trabalhamos, mas a falta de nossa própria ação em criar a mudança quando essa é a realidade.
Quero fechar essa reflexão com a minha frase de abertura: não terceirize sua carreira. E, como diz o escritor Paulo Vieira, “tem poder quem age”. E você, já está agindo?
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Luciano Santos
Luciano possui +20 anos de experiência no mercado digital tendo iniciado sua carreira no portal UOL, trabalhou 10 anos no Google Brasil em diversas áreas e foi diretor no Facebook Brasil a frente de uma equipe de vendas em São Paulo. É escritor e autor do livro "Seja Egoísta com sua Carreira", embaixador da Escola Conquer e faz parte do conselho consultivo da Agile.Inc.
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