Inteligência artificial no agronegócio: os robôs vão a campo
4 min de leitura
A captação de investimento em startups no Brasil não para de crescer. Essa performance está explícita nos números registrados recentemente.
De acordo com estudo elaborado pela Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), as startups brasileiras receberam R$33,5 bilhões em fundos de venture capital durante os primeiros nove meses do ano passado. O número é um recorde histórico, triplicando o valor arrecadado pelas startups no mesmo período em 2020.
Além disso, outro dado interessante coletado pela plataforma brasileira Sling Hub é que a América Latina tem mais de 40 empresas com esse perfil. Quando se trata de unicórnios, o Brasil lidera a lista. Ainda conforme o estudo, os projetos de base tecnológica chegam a faturar US$ 1 bilhão no mercado antes de entrarem na bolsa de valores.
O aquecimento do mercado brasileiro de startups tem colocado o País no ranking global. De acordo com o Global Startup Ecosystem Index 2022, produzido pela Startup Blink, centro de pesquisa e mapeamento global de ecossistemas de startups, o Brasil é o principal ecossistema latino-americano de empreendedorismo, tendo São Paulo e Curitiba como cidades de destaque no ranking da América Latina (em primeiro e sétimo lugar, respectivamente). O setor de fintechs bem como a capacidade brasileira de produzir unicórnios atraem a atenção de investidores estrangeiros.
O estudo aponta, ainda, a importância do papel que as grandes empresas e seus programas de aceleração tem no desenvolvimento do ecossistema, além da criação de uma série de políticas públicas, tais como a InovAtiva e a Usina Pernambucana de Inovação, que estão fomentando o empreendedorismo no Brasil.
E, apesar das notícias recentes de demissões em massas dos unicórnios brasileiros em busca de eficiência, os números do setor evidenciam que esse é um modelo de empreendimento que chegou para ficar. Com objetivo de mostrar mais detalhes sobre o assunto, conheça como funcionam os modelos de investimentos em startups.
No ecossistema empreendedor, existem diferentes modalidades que são utilizadas pelos investidores para aportar investimentos nas startups. Aqui destacamos cinco das modalidades mais comuns no mercado atualmente:
Independentemente do modelo de investimento que pretende buscar, ao preparar sua empresa, alguns pontos merecem atenção especial do empreendedor. São eles:
Primeiramente, não abra mão de que seus produtos e serviços sejam efetivamente relevantes para seu público-alvo.
Antes de mais nada, é essencial fazer o MVP (mínimo produto viável), que consiste em executar um lançamento em menor proporção de um produto ou serviço, para verificar sua viabilidade, receber feedback e fazer o product market fit, que é adaptar os produtos às necessidades do mercado.
O pitch de investimento significa fazer uma comunicação rápida para os investidores, com o intuito de mostrar por que a startup merece receber esse aporte. Entre as razões disso podem estar:
Além dos objetivos pensando no projeto de expansão da empresa, é necessário elencar as prioridades de investimento.
Entre os pontos prioritários podem ser o número de reuniões por trimestres, volume quantitativo e qualitativo de oportunidades de negócio e quantidades de desafios definidos por mês.
Depois de todos esses parâmetros definidos, é chegada a hora de vender o peixe, correndo atrás de potenciais investidores. Neste contexto, o caminho é correr atrás de incubadoras, aceleradoras e participar de desafios lançados por grandes players.
Além disso, vale usar o Linkedin como um mecanismo para potencializar a interatividade com potenciais investidores.
O aquecimento do mercado de startups do Brasil oferece muitas oportunidades, mas exige muito preparo do empreendedor, que deve se aprofundar no assunto para reduzir a margem de erro.
Paulo Vitor Guerra é CEO do IEBT, graduado em engenharia de produção e mestre em administração com ênfase em estratégia, empresas de base tecnológica e empreendedorismo, ambos os títulos conferidos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atua como pesquisador parceiro da UFMG em gestão da inovação e gestão do desenvolvimento de produtos, desenvolvendo e executando iniciativas de inovação aberta, aceleração de startups e estruturação de centros de tecnologia. À frente das operações do IEBT, Paulo Vítor conduz projetos em diversos formatos, promovendo o impulsionamento de pessoas e negócios por meio da inovação e tecnologia.
4 min de leitura
5 min de leitura
3 min de leitura
3 min de leitura
4 min de leitura
3 min de leitura