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Cultura organizacional

4 min de leitura

Futuro da contratação: como manter o processo humanizado na era digital

Ainda que mais tecnologias sejam adotadas nas rotinas, os recrutadores sempre vão priorizar o elemento humano em uma contratação

Felipe Calbucci

26 de Janeiro

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Artigo Futuro da contratação: como manter o processo humanizado na era digital

Ao longo do tempo, a tecnologia tem ajudado a facilitar a vida das pessoas. Tornou-se uma aliada no dia a dia, proporcionando inúmeros benefícios, principalmente quando se trata de identificar e contratar o candidato ideal para uma vaga de emprego.

Antes da pandemia de covid-19, na maioria das vezes, apenas processos seletivos presenciais eram considerados uma possibilidade, algo que já está mudando. Agora, muitas empresas estão atualizando seus métodos e implementando em sua cultura processos virtuais de entrevista e contratação. Ainda assim, essa não é a única tendência a ser observada com o avanço da tecnologia, muitos recursos estão surgindo para ajudar na busca por candidatos, filtrar currículos e encontrar uma pessoa que realmente corresponda à descrição da vaga.

Vale destacar que é sempre vantajoso considerar novas ferramentas e funcionalidades, mas também é importante preservar os aspectos que mantêm esse processo mais humanizado. O que não significa retomar unicamente o método de contratação presencial, mas, sim, incorporar tecnologias eficazes como aliadas e assim encontrar um ponto de equilíbrio de forma a oferecer oportunidades justas aos candidatos, sem abrir mão do aspecto mais importante: o contato humano. Mas como a tecnologia mudará o futuro dos processos seletivos? Para responder a essa pergunta, é importante considerar algumas questões principais.

As máquinas vão substituir os humanos?

Na fase de recrutamento, a tecnologia e a inteligência artificial (IA) podem ser incrivelmente benéficas, pois têm a capacidade de conectar e encontrar um grande número de candidatos, das mais diversas regiões, inclusive fora do País. Além disso, a IA ajuda a filtrar algumas candidaturas e a procurar as que mais correspondem com a descrição do cargo, o que melhora consideravelmente a tarefa de encontrar e contratar pessoas.

Entretanto, o processo como um todo ainda exige um olhar humano do início ao fim, visto que nem sempre a tecnologia por si só consegue ajudar a selecionar o melhor candidato para cada vaga, simplesmente pelo motivo de existirem detalhes e particularidades que as máquinas ainda não são capazes de reconhecer.

E, mesmo na rodada inicial de entrevistas, é fundamental que os candidatos conheçam a equipe e tenham a possibilidade de se apresentar e descrever suas trajetórias profissionais e acadêmicas com mais detalhes, indo além do que é apenas apresentado no currículo. Essa é a chance do candidato conseguir impressionar a empresa e vice-versa, considerando que muitas pessoas podem ter outras características interessantes, que não estão descritas no currículo, e que podem ser um fator determinante para que sejam contratadas.

No fim das contas, a abordagem mais humanizada junto com a interação, mesmo que apenas virtual, demonstra que a empresa valoriza o contato e é capaz de reconhecer o candidato não só por um robô assistente, mas também pelo elemento certo que dá ainda mais precisão ao processo.

Pensando fora da caixa

Investir em tecnologias de automação pode ajudar a acelerar os processos seletivos de empresas que precisam contratar de forma rápida para acompanharem as mudanças que estão ocorrendo na era digital. Isso permite que os recrutadores se concentrem no que fazem de melhor: fazer conexões humanas, economizando tempo e melhorando a experiência de cada candidato.

Pensar no futuro das soluções voltadas à contratação pode ser algo instigante, e embora também seja um desafio navegar pelas incertezas e mudanças constantes, os líderes de talentos podem ter um grande impacto no futuro de suas empresas, simplesmente por acompanhar as novidades que estão reformulando o setor, investindo em ferramentas que agilizam o processo de contratação e criando estruturas e culturas que incentivem a inovação e as pessoas por trás disso.

Potencial para ir além

À medida que mais empresas procuram recrutar e reter talentos, atraí-los se tornou um aspecto cada vez mais significativo da contratação. E, nessa perspectiva, medir o potencial dos candidatos é altamente relevante, pois pode ser usado para avaliar como seria o futuro daquele funcionário na organização, se eles se adaptariam, se poderiam dar novas ideias e ir além, ou aprender novas habilidades e conhecimentos no trabalho.

Para essa análise, os principais quocientes considerados são: o de inteligência (QI), que avalia as habilidades cognitivas; o emocional (QE), também conhecido como inteligência emocional (IE); e o quociente de adaptabilidade (QA), que leva em consideração a vontade e a capacidade de aprender, adaptar e desenvolver novas habilidades.

Embora o QI e o QE sejam avaliados há décadas, o quociente de adaptabilidade também está em evidência. Quando recrutadores visam um alto QA, eles procuram pessoas capazes de agregar à empresa, e isso não apenas expande sua rede de talentos, mas também ajuda com a retenção.

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Autoria

Felipe Calbucci

Felipe Calbucci é diretor de vendas do Indeed no Brasil.

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