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Diversidade

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Uma sobe e puxa a outra

O volume 2 do livro “Uma sobe e puxa a outra”, lançado neste mês de maio, é a prova de que as mulheres são mais fortes juntas e usam seus lugares de poder e privilégio para transformar a realidade

Colunista Neivia Justa

Neivia Justa

23 de Maio

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Artigo Uma sobe e puxa a outra

Em 2016, quando criei o movimento #AquiEstãoAsMulheres, a sororidade (irmandade feminina) ainda era um conceito muito distante das nossas vidas. Comecei a receber mensagens das mulheres que não me conheciam perguntando por que eu as estava promovendo e o que eu queria em troca.

Avançamos bastante nesses sete anos. Hoje temos incontáveis grupos, organizações, redes e iniciativas de mulheres que apoiam, mentoram e promovem outras mulheres. Acompanho e faço parte de algumas, entre elas a Plan International Brasil, o Vital Voices Visionaires, o 30% Club, o Mulheres do Brasil, a Rede Mulher Empreendedora, a BPW International, a Inspiring Girls, o Plano Feminino, o Plano de Menina, o Força Meninas e a AngelUs.

Em dezembro do ano passado, fui puxada para o movimento “Uma sobe e puxa outra”. Minha madrinha foi a Silvana Abramovay, sócia-fundadora da Amor aos Pedaços. Criado há 11 meses pela Natasha de Caiado Castro, o Uma sobre e puxa a outra é pautado pela generosidade, integridade, sororidade, empatia e respeito. Hoje já somos 350 mulheres que, juntas, lutamos pela equidade de gênero para que as próximas gerações naveguem em um ambiente mais justo.

Atuamos como catalizadoras dos processos de inclusão e semeadoras de novos projetos, por meio de parcerias estratégicas, visibilidade e networking. Conectamos parceiros estratégicos que possam escalar diversas iniciativas, promovemos encontros que geram sinergias e oportunidades de parcerias em projetos e viabilizamos nossa presença em eventos, na imprensa e nas mídias sociais, gerando um grande impacto coletivo.

Temos duas frentes de atuação: da porta para dentro e da porta para fora. A prevenção e apoio em doenças emocionais como burnout, fadiga crônica, esgotamento físico e emocional, a busca de propósito e apoio na mudança de carreira e o combate à “síndrome de impostora” são os três pilares que norteiam nosso trabalho da porta para dentro. A busca de representatividade nos cargos de liderança (conselhos e diretoria c-level) e o impulsionamento do empreendedorismo feminino são nossos pilares da porta para fora.

Temos 11 grupos de trabalho: inclusão/diversidade, ESG, impacto social, propósito e mudança de carreira, visibilidade e networking, educação e tecnologia, mulheres em conselhos, saúde emocional, próxima geração, internacionalização e desenvolvimento pessoal.

Ainda estamos na primeira infância, não completamos o primeiro ano de existência, mas já temos algumas histórias de sucesso para contar: em 2022, fizemos um “reboot” de desenvolvimento pessoal em múltiplas frentes, como digital, IA, oratória, imagem pessoal, neurociências, entre outras, que impactou cerca de 150 mulheres em agosto. Em setembro, nossa campanha em prol da Turma do Jiló no prêmio Empreendedor social da Folha de S. Paulo gerou 380 mil votos e fez com que a Turma fosse a mais votada entre todas as categorias. E em outubro, angariamos 10 mil votos e tivemos quatro de nossas mulheres premiadas no prêmio UN women USA rise and raise other award da ONU.

Há dois meses, em março deste ano, tivemos 17 painéis inscritos e nove mulheres inseridas em painéis, meetups e mentorias na programação oficial do festival SXSW, em Austin, nos Estados Unidos, onde também fizemos o pré-lançamento do volume 1 do nosso livro coletivo Uma sobe e puxa a outra. Ainda em março, logo após os lançamentos em São Paulo e no Rio, o livro já havia se tornado um best seller!

Em abril, fomos em caravana à Brasília, onde tivemos uma programação especial que incluiu visitas à Esplanada dos Ministérios e encontros com as ministras Simone Tebet, Esther Dweck e Anielle Franco. No Congresso Nacional, fomos recebidas por Ilana Trombka, Zenaide Maia, Veneziano Vital, Daniella Ribeiro e Leila Barros, bem como pelos demais senadores, que estavam no Plenário.

Nesses encontros, discutimos a relevância da luta pela igualdade de gênero e como podemos apoiar e encorajar mais mulheres a se destacarem em suas áreas. Foi uma oportunidade única de observar de perto a realidade das mulheres que atuam na política brasileira, em que ainda somos minoria.

Agora em maio, lotamos o stand da Vibra no WebSummit Rio em que fizemos o pré-lançamento do volume 2 do nosso livro, do qual sou coautora. E paramos o trânsito da Av. Brasil, em São Paulo, no dia do lançamento oficial, quando mais de 1.600 pessoas enfrentaram 5 km de congestionamento para estar conosco. Em três horas de evento, vendemos quase 900 livros e fomos entrevistadas por 49 jornalistas.

Por fim, estamos em plena produção do livro em inglês que será lançado agora em junho durante o Festival de Cannes.

O livro é a materialização do que fazemos no grupo. Ele é a prova de que juntas somos mais fortes e usamos nosso lugar de poder e privilégio para transformar a realidade. Temos muito trabalho pela frente e não podemos nos dar ao luxo de perder mais tempo.

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Autoria

Colunista Neivia Justa

Neivia Justa

Fundadora da #JustaCausa, do programa #lídercomneivia e dos movimentos #ondeestãoasmulheres e #aquiestãoasmulheres

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