Inteligência artificial no agronegócio: os robôs vão a campo
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A pandemia trouxe uma comprovação: a possibilidade de construir startups de alta performance com times híbridos. Sempre entendi que as empresas dependiam de uma cultura baseada na proximidade e união do time. Tenho muito apreço pelo nosso escritório e por estar junto da minha equipe. Mas a pandemia veio e mudou totalmente a nossa rotina.
Como muitos outros empreendedores no Brasil, tivemos pouco tempo para nos adaptar, no entanto, incorporamos rituais e processos que vieram para ficar. Hoje, entendo que esse novo contexto fortalece a nossa cultura e acelera as tomadas de decisão.
Percebemos nesse processo que várias dessas iniciativas ajudavam na organização do time e nos incentivou a documentar alguns processos importantes. Colaborou para isso o networking com outros empreendedores, para ver como outras startups estavam se adaptando à nova realidade.
Atualmente, ainda que grande parte do time esteja em regime de trabalho remoto, já observamos uma grande virtude no modelo híbrido. Entendemos que ele não iria nos limitar, mas sim nos fortalecer. A partir dessa perspectiva, começamos a olhar para essa modalidade com mais atenção.
Quando falamos da gestão de um time híbrido, acredito que dois fatores nos apoiam e são muito importantes: tecnologia e cultura. Em tecnologia, foi importante nos adaptarmos 100% ao cloud. Saímos do planejamento feito em planilhas de Excel para um software de gestão de projetos. Saímos do servidor físico e fomos para a nuvem.
Pequenas adaptações, que já existiam dentro de times específicos, disseminamos por toda a empresa. Foi importante também garantir que todo o time tivesse o equipamento adequado para trabalhar no seu home office. Para isso, permitimos que os colaboradores utilizassem cadeiras, monitores e teclados da empresa, e fizemos o envio destes itens para a casa de cada um. Foi uma iniciativa de custo baixo, mas de grande impacto para as pessoas.
Em cultura, nosso foco foi garantir que a experiência de onboarding e de conexão com a nossa startup no modelo online fosse tão boa quanto a presencial. Criamos momentos de descontração e aproximação com o time, como nossa festa de fim de ano online (com direito a DJ). Garantimos ainda que as reuniões semanais com toda a nossa equipe fossem mantidas, assim como as reuniões diárias dos times.
Foi uma oportunidade para repensar nossos benefícios também, como as aulas de inglês, que eram presenciais e migrou para o espaço online. O cartão de benefícios, que garante aos nossos colaboradores gastarem os seus pacotes de vantagens como quiserem, ficou ainda mais flexível e possibilitou um retorno mais qualificado para o investimento.
Dá muito orgulho ver como os times se organizaram com o modelo híbrido e hoje fica clara a evolução, quando comparamos com março de 2020. Um indicador importante para a gente é o eNPS (o quanto os nossos colaboradores indicariam a Matchbox como um ótimo lugar para se trabalhar), e este índice foi de 50 para 71 ao longo dos últimos meses.
Ao longo desse período de um ano, aprendi que todos nós só temos a ganhar com a eliminação das fronteiras no mercado de trabalho. Essa foi a principal lição que extrai com essa mudança.
Nesse contexto, buscamos os melhores profissionais para fazer parte da nossa startup, e se você estiver do outro lado do país, isso não é um impeditivo. Pelo contrário. Com esta nova política, temos acesso a talentos de todos os lugares, aumentamos a nossa diversidade e conseguimos manter uma empresa mais organizada e pronta para os desafios que vêm pela frente.
É CEO da Matchbox e membro da Confraria do Empreendedor.
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