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Vale Ocidental

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Mitigar a desigualdade de gênero, uma missão coletiva

As mulheres ainda são minoria em muitos mercados, e o de tecnologia é um deles. Muitas organizações, porém, trabalham para equilibrar essa balança

Colunista Ellen Kiss

Ellen Kiss

06 de Abril

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Artigo Mitigar a desigualdade de gênero, uma missão coletiva

Diversidade de gênero na liderança corporativa continua a ser um tópico recorrente. Em muitos casos, o Vale do Silício e a indústria de tecnologia são o centro das investigações, por serem exemplos e pelo impacto que as empresas daqui provocam nas demais indústrias. Além disso, a baixa representatividade e a desvalorização da mulher nos ambientes de trabalho são críticos, especialmente na área de tecnologia.

Apesar de representarem globalmente quase a metade da força de trabalho (46,7%), as mulheres ocupam apenas 21% dos empregos em computação. A diferença de gêneros é ainda maior nos níveis hierárquicos mais altos. Dos CEOs das 150 maiores empresas do Vale do Silício, apenas 4,7% são mulheres, exemplificando quão raro é uma mulher se tornar CEO nos Estados Unidos.

Uma pesquisa recente, cujo foco era a diversidade de gênero no Vale do Silício, indica que o tamanho da empresa é um dos fatores mais importantes para a diversidade. Quanto maior a empresa, mais diversificada é sua liderança. Uma das razões é o esforço concentrado existente nessas empresas para ajudar as mulheres a progredir em suas carreiras e a prosperar em um mundo de tecnologia dominado por homens.

Desde 2014, ao abrir os números de sua força de trabalho, empresas como Google e Apple reconheceram o problema e se comprometeram publicamente a aumentar o número das mulheres e das minorias, investindo recursos e criando uma série de programas internos, como um treinamento de vieses inconscientes para toda a liderança.

Além dos esforços internos das empresas, e das iniciativas nacionais e estaduais na Califórnia, existem várias organizações dedicadas a aumentar a diversidade de gênero em tecnologia no Vale do Silício.

Trago neste artigo algumas delas, na esperança de que possam provocar, inspirar e impulsionar uma nova geração de mulheres que tenha a ambição de trabalhar com tecnologia, no Brasil ou no mundo.

ChIPs: organização sem fins lucrativos que “promove e conecta mulheres em tecnologia, lei e política” e busca “acelerar a inovação por meio de diversidade de pensamento, participação e engajamento”.

Leading Women in Technology: organização sem fins lucrativos que tem a missão de “empoderar mulheres a aumentar suas redes, seu conhecimento e suas habilidades de liderança para maior impacto profissional e pessoal”.

All Raise: organização sem fins lucrativos que trabalha com “todos os membros do ecossistema de startups de tecnologia, incluindo empreendedores, parceiros e aliados” com foco em “conectar iniciativas com resultados para envolver mais mulheres e minorias na fundação e no financiamento de empresas”.

Watermark: a “maior organização de mulheres da Bay Area, representando centenas de executivos seniores, empreendedores e executivos”.

Astia Silicon Valley: organização sem fins lucrativos “dedicada a identificar e promover os melhores empreendimentos de rápido crescimento que incluem mulheres na liderança”.

Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia: organização sem fins lucrativos que vislumbra “um futuro em que as pessoas que imaginam e constroem tecnologia espelhem as pessoas e sociedades para as quais a constroem”.

Women 2.0: “uma empresa focada em gênero, diversidade e inclusão nos espaços de tecnologia e startups” por meio de “conteúdo, programação, produtos e serviços”.

A campanha Lean In de Sheryl Sandberg: organização sem fins lucrativos cuja missão é “ajudar as mulheres a alcançar suas ambições e trabalhar para criar um mundo igualitário”.

The Club: “uma comunidade diversificada de profissionais inspiradores que ajudam mulheres a acelerar suas jornadas de liderança”.

Thrive-WiSE: fundada por um grupo de mulheres engenheiras do Vale, a fim de “apoiar e reter mulheres engenheiras e técnicas para que possam prosperar e se destacar em suas carreiras”.

Girls Who Code: foi fundada com uma única missão: “romper com a diferença de gênero na tecnologia”.

pyladies: comunidade mundial que foi trazida ao Brasil com o propósito de instigar mais mulheres a entrarem na área tecnológica e programarem na linguagem Python.

E mais:

All Raise

Watermark

Astia Silicon Valley

Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia

Women 2.0

Lean In de Sheryl Sandberg

The Club

Thrive-WiSE

Girls Who Code

PyLadies

Se você, que está lendo este artigo, é uma mulher considerando uma carreira em tecnologia, uma profissional experiente desta ou de outra indústria, ou mesmo um homem trabalhando em qualquer segmento de mercado, saiba que todos compartilhamos o desafio de criar um ambiente de trabalho igualitário e seguro e temos um papel importante nessa missão de mitigar as desigualdades de gênero. Só assim transformaremos o mundo em um lugar melhor.

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Autoria

Colunista Ellen Kiss

Ellen Kiss

Ellen Kiss é empreendedora e consultora de inovação especializada em design thinking e transformação digital, com larga experiência no setor financeiro. Em agosto de 2022. após um período sabático, assumiu o posto de diretora do centro de excelência em design do Nubank.

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