A coragem para navegar a ambiguidade
2 min de leitura
Diversidade de gênero na liderança corporativa continua a ser um tópico recorrente. Em muitos casos, o Vale do Silício e a indústria de tecnologia são o centro das investigações, por serem exemplos e pelo impacto que as empresas daqui provocam nas demais indústrias. Além disso, a baixa representatividade e a desvalorização da mulher nos ambientes de trabalho são críticos, especialmente na área de tecnologia.
Apesar de representarem globalmente quase a metade da força de trabalho (46,7%), as mulheres ocupam apenas 21% dos empregos em computação. A diferença de gêneros é ainda maior nos níveis hierárquicos mais altos. Dos CEOs das 150 maiores empresas do Vale do Silício, apenas 4,7% são mulheres, exemplificando quão raro é uma mulher se tornar CEO nos Estados Unidos.
Uma pesquisa recente, cujo foco era a diversidade de gênero no Vale do Silício, indica que o tamanho da empresa é um dos fatores mais importantes para a diversidade. Quanto maior a empresa, mais diversificada é sua liderança. Uma das razões é o esforço concentrado existente nessas empresas para ajudar as mulheres a progredir em suas carreiras e a prosperar em um mundo de tecnologia dominado por homens.
Desde 2014, ao abrir os números de sua força de trabalho, empresas como Google e Apple reconheceram o problema e se comprometeram publicamente a aumentar o número das mulheres e das minorias, investindo recursos e criando uma série de programas internos, como um treinamento de vieses inconscientes para toda a liderança.
Além dos esforços internos das empresas, e das iniciativas nacionais e estaduais na Califórnia, existem várias organizações dedicadas a aumentar a diversidade de gênero em tecnologia no Vale do Silício.
Trago neste artigo algumas delas, na esperança de que possam provocar, inspirar e impulsionar uma nova geração de mulheres que tenha a ambição de trabalhar com tecnologia, no Brasil ou no mundo.
ChIPs: organização sem fins lucrativos que “promove e conecta mulheres em tecnologia, lei e política” e busca “acelerar a inovação por meio de diversidade de pensamento, participação e engajamento”.
Leading Women in Technology: organização sem fins lucrativos que tem a missão de “empoderar mulheres a aumentar suas redes, seu conhecimento e suas habilidades de liderança para maior impacto profissional e pessoal”.
All Raise: organização sem fins lucrativos que trabalha com “todos os membros do ecossistema de startups de tecnologia, incluindo empreendedores, parceiros e aliados” com foco em “conectar iniciativas com resultados para envolver mais mulheres e minorias na fundação e no financiamento de empresas”.
Watermark: a “maior organização de mulheres da Bay Area, representando centenas de executivos seniores, empreendedores e executivos”.
Astia Silicon Valley: organização sem fins lucrativos “dedicada a identificar e promover os melhores empreendimentos de rápido crescimento que incluem mulheres na liderança”.
Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia: organização sem fins lucrativos que vislumbra “um futuro em que as pessoas que imaginam e constroem tecnologia espelhem as pessoas e sociedades para as quais a constroem”.
Women 2.0: “uma empresa focada em gênero, diversidade e inclusão nos espaços de tecnologia e startups” por meio de “conteúdo, programação, produtos e serviços”.
A campanha Lean In de Sheryl Sandberg: organização sem fins lucrativos cuja missão é “ajudar as mulheres a alcançar suas ambições e trabalhar para criar um mundo igualitário”.
The Club: “uma comunidade diversificada de profissionais inspiradores que ajudam mulheres a acelerar suas jornadas de liderança”.
Thrive-WiSE: fundada por um grupo de mulheres engenheiras do Vale, a fim de “apoiar e reter mulheres engenheiras e técnicas para que possam prosperar e se destacar em suas carreiras”.
Girls Who Code: foi fundada com uma única missão: “romper com a diferença de gênero na tecnologia”.
pyladies: comunidade mundial que foi trazida ao Brasil com o propósito de instigar mais mulheres a entrarem na área tecnológica e programarem na linguagem Python.
E mais:
Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia
Se você, que está lendo este artigo, é uma mulher considerando uma carreira em tecnologia, uma profissional experiente desta ou de outra indústria, ou mesmo um homem trabalhando em qualquer segmento de mercado, saiba que todos compartilhamos o desafio de criar um ambiente de trabalho igualitário e seguro e temos um papel importante nessa missão de mitigar as desigualdades de gênero. Só assim transformaremos o mundo em um lugar melhor.
Ellen Kiss é empreendedora e consultora de inovação especializada em design thinking e transformação digital, com larga experiência no setor financeiro. Em agosto de 2022. após um período sabático, assumiu o posto de diretora do centro de excelência em design do Nubank.
2 min de leitura
2 min de leitura
2 min de leitura
2 min de leitura
2 min de leitura
5 min de leitura