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A queda de assinantes e no valor das ações da Netflix são novos spoilers de que a aposta do setor de entretenimento no streaming pode ser repensada
Ellen Kiss
17 de Maio
Após uma década de crescimento constante, em apenas uma única semana de abril, pela primeira vez, a Netflix perdeu mais assinantes do que conquistou. O fato gerou uma certa esperança nos executivos das empresas tradicionais de entretenimento, que vêm sendo ameaçadas pelo gigante intruso do Vale do Silício.
As ações da empresa caíram 35%, enquanto a empresa perdeu cerca de US$ 50 bilhões em capitalização de mercado. A Netflix culpou vários problemas, desde o aumento da concorrência até a decisão de abandonar todos os seus assinantes na Rússia por causa da guerra na Ucrânia. Porém, a dor não foi sentida somente pela empresa.
Todas as ações do setor – como Disney, Warner Bros. Discovery e Paramount – também caíram.
Para executivos e analistas de entretenimento, o momento parece decisivo nas chamadas guerras do streaming e levanta uma série de questões que terão de ser respondidas nos próximos meses. Existem muitas opções de streaming, à medida que as empresas de mídia mais tradicionais correm para negócios de assinatura? Quantas pessoas estão realmente dispostas a pagar por eles? O setor pode ser menos lucrativo e confiável do que se previa?
A indústria da mídia, preocupada com a queda nas vendas de ingressos de cinema e nas classificações da televisão, vem se remodelando rapidamente para entrar no streaming e competir com a Netflix. A Disney investiu bilhões. Discovery Inc. e WarnerMedia concluíram uma fusão para aumentar sua competitividade com os gigantes, e até a CNN introduziu uma versão de streaming de si mesma, cuja atratividade, até o momento, decepcionou. Mas os problemas repentinos da Netflix mostram que esses investimentos trazem muitos riscos. O mercado de streaming sinaliza ser promissor em longo prazo, mas os próximos anos podem ser difíceis, segundo especialistas.
A desaceleração é preocupante não só para as empresas de streaming, mas para todo o setor, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá e países da América Latina. Os planos de expansão internacional serão reconsiderados? Haverá disposição para contratação de novos roteiros? Qual a demanda para produtores e agentes de talentos? Como será o ritmo das novas produções originais? A Netflix gastou centenas de milhões de dólares nos últimos cinco anos em busca do Oscar. Ainda não ganhou nenhum de melhor filme, mas o compromisso com a qualidade foi elogiado e seu prestígio aumentou.
A Netflix reconheceu que o incremento na concorrência foi, em parte, a razão pela qual o crescimento parou. A empresa costumava dizer que sua principal concorrência não era de outros serviços de streaming, mas outras atividades como dormir e ler. Certamente o contexto mudou e nós teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Ellen Kiss
Empreendedora e consultora de inovação especializada em design thinking e transformação digital. Respira o ar do Vale do Silício desde setembro de 2019, quando resolveu trocar São Paulo pela Califórnia após um período sabático.
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