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ESG
19 Julho | 2024
Inteligência artificial no trabalho: estratégia ou desespero?
13 min de leitura
O SXSW EDU 2024 me deixou inspirado sobre o futuro da educação, mas também extremamente alerta para os muitos desafios significativos que temos pela frente para melhorar o ecossistema educacional como um todo.
Por conta disso, resolvi, à convite da HSM Management, sintetizar em quatro tópicos principais, pois foram estes que lideraram a discussão.
É urgente e crucial que enfrentemos de frente a grave escassez de professores – que não é um problema apenas do Brasil, mas dos Estados Unidos também, por exemplo.
É essencial que criemos políticas, iniciativas e condições de trabalho que realmente valorizem e recompensem esses profissionais tão vitais de maneira justa. Precisamos tornar a profissão docente atraente e bem remunerada para atrair novos talentos universitários para as salas de aula, ao invés de vê-los migrar para outras carreiras. Caso contrário, a situação do apagão de professores irá piorar dramaticamente e não há inteligência artificial que resolva essa questão.
Ao mesmo tempo, é igualmente importante abraçarmos inovações revolucionárias como a inteligência artificial na educação, preparando profissionais, instituições e sistemas educacionais para essa nova era da IA que já chegou.
Não basta apenas integrar a IA como mais uma ferramenta ou recurso didático. Ela representa uma mudança fundamental no próprio modelo e processo de aprendizagem e produção de conhecimento. Portanto, precisamos repensar a fundo currículos, materiais, formação docente e todo o sistema para incorporar a IA de forma responsável e ética.
Outro ponto que ficou evidente é que o bem-estar dos educadores precisa ser muito mais priorizado.
O burnout docente generalizado é extremamente preocupante e um sinal claro de que as condições atuais estão insustentáveis. É nossa obrigação moral como gestores e líderes educacionais criar ambientes de trabalho, sistemas de apoio e iniciativas de saúde mental que cuidem da saúde dos professores. Do contrário, perderemos ainda mais desses profissionais tão vitais.
Além disso, ficou claro no evento que os alunos precisam estar no centro absoluto de qualquer estratégia, política ou tecnologia educacional.
Tecnologias como análise de dados e aprendizagem adaptativa claramente têm um enorme potencial para personalizar e melhorar o ensino. Porém, elas só serão efetivas e agregarão valor se aliadas à experiência e intuição humanas dos professores.
Portanto, ferramentas digitais precisam ser integradas de forma orgânica à experiência física e socioemocional dos alunos, gerando, além de interações relevantes para o aprendizado, dados que permitam que professores e administradores escolares tomem decisões que são lastreadas em evidências.
Paulo é um professor, empreendedor e formador de professores. É co-founder e CEO da Troika e está envolvido na área de educação há mais de 20 anos. Nos últimos anos, Paulo tem explorado as maneiras pelas quais a tecnologia e a inovação impactam o ensino e a aprendizagem, tendo desenvolvido aplicativos, plataformas e outros produtos digitais para a aprendizagem de idiomas e formação de professores. Como especialista em EdTech, atuou como membro do painel internacional de especialistas do Horizon Report Higher Education - International e sua versão brasileira, o Horizon.br. Pós-graduado em formação de professores pela University of Chichester, estudou Ciências Sociais na UFPE e possui um diploma (Delta) da University of Cambridge.
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