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Desenvolvimento pessoal

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#RoleModel: Nina Silva

Nina Silva é hoje um dos principais nomes da tecnologia no brasil. e também encabeça o Movimento Black Money, que propõe a circulação de capital intelectual, social e financeiro entre as pessoas negras

31 de Outubro

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Artigo #RoleModel: Nina Silva

Quando começou a estudar Administração na Universidade Federal Fluminense (UFF), Nina Silva não tinha ideia de que sua carreira enveredaria para a área de tecnologia. Mas sua irmã mais velha, primeira da família a cursar uma universidade e grande exemplo e incentivadora, já apostava em sua capacidade de liderança.

Desde pequena, morando em uma das maiores comunidades da Baixada Fluminense, no município de São Gonçalo, Nina Silva se incomodava com as diferenças e queria fazer valer sua opinião na escola. Em seu primeiro estágio, no segundo ano de faculdade, teve a chance de ser usuária-chave de logística na implantação de um ERP da SAP na empresa em que trabalhava. E viu na tecnologia a chance de ascender profissionalmente e de levar consigo o que ela chama de “pessoas como eu”: mulheres negras e periféricas (mas não só) que não têm acesso ao mundo digital.

Para ela, a área de tecnologia é a melhor para um profissional demonstrar sua capacidade multitarefas, como ela sempre foi: escrevia, gostava de esportes e se dava bem em matemática. “A tecnologia permite otimizar processos e está no centro as necessidades do consumidor”, afirmou em entrevista à jornalista Lizandra Magon de Almeida, de HSM Management. Por isso, começou a se incomodar quando percebeu que as empresas não estavam dialogando com a inovação e que, quando isso ocorria, não era da forma que defende, ou seja, com as pessoas no centro das decisões. 

Em paralelo, enquanto se desenvolvia, as maiores dificuldades que enfrentava eram de pertencimento. “Nunca tive pares, eram sempre raríssimas as pessoas negras em cargos de liderança nas grandes empresas em que trabalhei, e muito poucas mulheres também. Com isso, nossa capacidade de trabalho é sempre questionada. Quando comecei a trabalhar nessa área, e já se vão 17 anos, não existia LinkedIn. Então, as pessoas sabiam que eu era mulher pelo nome, e sabiam da minha idade, porque vai no currículo. Mas o desconforto que demonstravam ao deparar com uma pessoa negra e a desconfiança de que eu fosse capaz de liderar um time de 40 pessoas ficavam explícitos”, comenta. “Então percebi que nada tinha a ver com minhas entregas, e sim com meu corpo político negro.”

Hoje atuando como gerente de projetos da empresa de tecnologia ThoughtWorks, Nina Silva criou no fim de 2017 o Movimento Black Money (MBM), com seu sócio Alan Soares, para fomentar o desenvolvimento do ecossistema do empreendedorismo negro. O objetivo principal do MBM é estimular o desenvolvimento do mindset inovador de empreendedores e jovens negros para a criação de diferenciais competitivos no mercado. Também produz conteúdos de inovação, tecnologia e finanças, além de ofertar cursos de curta duração nas áreas de marketing, gestão e tecnologia em seu braço educativo, o Afreektech. 

Nina Silva acredita no fortalecimento da comunidade negra com a redistribuição do capital intelectual, social e financeiro, para trazer a equidade em relação à desigualdade histórica da população negra no Brasil e no mundo. Tudo movido pela transformação digital.  

  1. Como você começou a atuar na área de tecnologia? Você já tinha vontade desde cedo?

Quando estudava administração na Universidade Federal Fluminense (UFF), eu não tinha a mínima ideia de que era possível eu trabalhar em tecnologia, nem do que era tecnologia. Foi realmente uma oportunidade que surgiu no meu período de estágio e depois como trainee na área de logística em uma multinacional. Eles decidiram implementar um sistema ERP e precisavam de alguém que tivesse expertise em diversas áreas de logística para ser key user da área de logística daquele projeto. 

Na época, eu já estava vislumbrando um programa de trainee de outra empresa, já que eu não tinha conseguido ser efetivada. Sentia que a empresa em que eu estava contratava trainees para já atuarem como alguém efetivado, e isso me incomodava. Mas como eu já fazia tarefas de gestão, estava verificando outra oportunidade. Mas foi aberta a possibilidade de eu atuar na implantação do ERP da SAP que estava sendo contratado. 

Isso foi em 2002, e na época as pessoas não tinham muito acesso ao ERP, não tinham muito acesso aos cursos – no caso, pessoas como eu, né? – por conta do alto valor. Então tive a oportunidade de aprender, fiquei um ano nesse projeto como usuária-chave. E fui autodidata, porque fiz para além do meu trabalho e aprendi a configurar, a programar na ferramenta, e a partir de então consegui, aí sim, ser efetivada, mas na consultoria que foi designada para dar andamento no backlog, nas melhorias pós-implementação do sistema.

2. E você então gostou dessa área?

Quando tive a oportunidade de entender o que era o sistema, de entender as aplicações para fins de automação de processos, eu me descobri enquanto pessoa que sempre foi plural. Que sempre trabalhou e gostou de trabalhar com texto e apresentações e também com planilhas. Também vi um espelho da criança que eu era, muito boa em português, muito boa em matemática. A tecnologia é uma área que possibilita você se destacar em todos esses skills e em vários outros. Hoje a gente fala em transformação digital, em profissionais multitask que possuem um conhecimento geral e se especializam e se aprofundam em algumas temáticas, e foi isso que a tecnologia me trouxe: ela me permitiu estar sempre atuando de uma maneira nova e ao mesmo tempo holística, e pensando em processos, em como organizá-los, mas sem me afastar das pessoas – pelo contrário, colocando as pessoas, os consumidores e trabalhadores de cada empresa por onde passei, no centro da questão. Então eu acabo dizendo que eu não escolhi a tecnologia, a tecnologia é que me escolheu.   

3. Quais as dificuldades principais que você enfrentou nessa área, profissional e pessoalmente?

A dificuldade principal sempre foi de pertencimento. A questão de ser uma pessoa negra, em primeiro lugar. O fato de ter conseguido me projetar em função das certificações que consegui tirar, de todos os projetos internacionais de que participei, da rápida ascensão para gestora de projetos e gestora de portfólio, sempre voltada para projetos internacionais, sempre foram ambiente em que a presença sempre era maior de pessoas brancas e também de homens. Sempre olhei para o lado e não via pares. Raríssimas vezes vi pessoas negras em cargos de influência, como eu exerço, e também poucas mulheres. 

Essas dificuldades muitas vezes colocavam à prova a minha capacidade. E durante esse processo fui entendendo que uma carreira pautada na legitimidade dada pelo outro está fadada sempre à frustração. Quando comecei a verificar que o problema não estava em mim, mas nos lugares em que eu precisava estar para gerenciar aqueles times, para implementar as ferramentas, comecei a entender que esses espaços não estavam dialogando com a inovação e com a maneira como a tecnologia precisa colocar as pessoas no centro. Porque pessoas são diversas e pouquíssimos ambientes só hoje começam a falar sobre a questão. 

Mas há 17 anos era basicamente um tabu e todas as vezes que eu chegavam para um projeto – não tinha LinkedIn na época, você não via se a pessoa era negra ou não – havia um desconforto muito grande dos clientes: “Será que essa pessoa é a dona desse currículo?”, “Será que essa pessoa terá a capacidade de conduzir um time de mais de 40 pessoas?” Não era em relação à idade, porque a data de nascimento vai no currículo. Não era questão de ser mulher, porque o nome já diz. O desconforto era sempre visual. 

Sem contar o boicote que vários profissionais que trabalhavam comigo faziam para diminuir minha legitimidade como líder daquele grupo. Conforme você vai galgando certos espaços e aumentando redes, e aumentando assim seu poder de influência, mais você vai ameaçando os espaços daqueles que estão legitimados pelo status quo de privilégio. E é quando você mexe com essa chave do sistema que você realmente começa a ser um incômodo, que deve ser parado, expurgado daquele espaço. 

Minhas dificuldades nunca foram em relação a entregar projetos complexos, nem de lidar com pessoas de origens e línguas diferentes, e sim de provar a todo momento que eu sabia que o que estava entregando era resultado do meu trabalho e não uma coincidência do destino. Qualquer implementação de método que eu praticava dentro dos times não era uma tentativa de me impor em relação aos times, mas de fazer times cada vez mais engajados e que trabalhassem de uma forma cada vez mais integrada.

 Mas sempre que eu sugeria um novo processo que aprendia em cursos e treinamentos, eles eram sempre questionados. E quando outras pessoas sugeriam coisas bem próximas, elas eram sempre aprovadas pelo grupo automaticamente. Então comecei a perceber que se tratava muito menos das minhas entregas e muito mais do que o meu corpo negro político representava e representa, tanto dentro da área de tecnologia como de outros espaços de gestão de times e empreendedorismo.

4. Quando você começou a idealizar o movimento Black Money?

Você me pergunta quando eu comecei a idealizar o movimento... Na verdade, ele é um movimento que tem raízes pan-africanistas, que tem muito das teorias de Marcus Garvey, do início do século 20, então acaba que não vem de uma grande inovação – a gente não inventou a roda. Praticamente estamos adaptando, experimentando e aprendendo na prática com um método que já foi empregado anteriormente, que é o fortalecimento intracomunidade negra. 

Quando se fala de método, a gente verifica que não é só a população negra que falou ou fala sobre isso, temos também outros grupos raciais, como os judeus, grupos asiáticos e também grupos majoritariamente brancos que exercem o fortalecimento de circular suas próprias riquezas dentro da própria comunidade como plataforma de emancipação e de fortalecimento interno para competição no mercado como um todo. 

E quando a gente fala de mercado, está falando de comércio sim, está falando de economia, mas também estamos falando de instituições públicas e privadas, estamos falando de poder público e do fortalecimento também educacional. 

Então o fortalecimento não está apenas – e esse apenas entre aspas – na questão financeira, em moeda propriamente dita, mas nos outros tipos de moeda que a gente valoriza e que são formas de troca para fazer novos negócios. Por exemplo, o capital intelectual: quando você consegue entregar o seu saber, a sua experiência e ensina para outro profissional negro, mentora um empreendedor negro, a partir da sua vivência, acaba multiplicando o capital intelectual anterior, que vai se transformando e vai se fortalecendo intracomunidade negra. 

E também o capital social, que é como a gente circula e fortalece nossas redes de negócios e nossas redes de relacionamento. Hoje quem estudou comigo em sua maioria eram pessoas brancas, essas pessoas se fortaleceram no estudo e se fortalecem até hoje enquanto rede, de indicar pessoas que estudaram com elas para um trabalho, ou pessoas que acabaram conhecendo em um curso, ou em uma oportunidade de negócio. Isso também é fortalecimento e circulação de capital, no caso social, que é utilizar nosso networking e todos os nossos contatos de redes, tanto digitais, quanto sociais off-line. 

Como a comunidade negra se utiliza minimamente dessas portas que são conquistadas quando a gente consegue fazer negócio com outras pessoas negras ou se relacionar com elas, e pode indicar pessoas para outros negócios e para pessoas que queiram empregar e realmente incluir profissionais negros? Isso é praticar black money também, e é uma reaplicação do que a gente viu como benchmarking de outras comunidades raciais no mundo. 

O Movimento foi fundado por Alan Soares, meu sócio, e por mim no fim de 2017, então estamos completando dois anos de ativação. Até o momento a gente conseguiu lançar quatro pilares de fortalecimento do que a gente chama de movimentação como hub de inovação para empoderamento e autonomia da comunidade negra no Brasil e no mundo. 

5. Houve algum momento específico que te motivou ou que foi o estopim para criar o Movimento?

Falar de um momento específico que motivou, que foi estopim para isso, é reviver não só minha vida e minha carreira, mas também a carreira do meu sócio e de outras pessoas pretas que acabam se vendo sozinhas nesse espaço. Então, de que adianta ter uma carreira na área de tecnologia, de que adianta estar em espaços internacionais, se você não consegue levar outras pessoas iguais a você para dentro desses mesmos espaços? Com o movimento a gente diz: “Basta!” Precisamos nos fortalecer e fortalecer nossos próprios espaços, já que nem todos os espaços, principalmente os de poder hegemônicos atuais querem fazer essa redistribuição, essa reorganização a partir da equidade em relação à desigualdade histórica que nós temos em nosso país e no mundo.

Falar do estopim é falar de cada pessoa preta que, como eu, teve que passar por momentos de questionamento da sua própria capacidade, passar por momentos de tentativa de embranquecimento em instituições, para que pessoas parassem de apontar o dedo. Ou até mesmo começassem a ter movimentações mais amigáveis e inclusivas, mas que, no frigir dos ovos, você verifica que aquele ambiente começa a te aturar, mas não te absorve, e não te dá o mesmo poder de voz, vez e visibilidade que para outros existe. Então o estopim do movimento é agora, é utilizar da poder da transformação digital como possibilidade de juntar vozes e fortalecer ações em diferentes locais, mas, dentro da comunidade negra que, independente da gente estar no Brasil ou qualquer outro país, acaba sofrendo, às vezes em níveis diferentes, limitação de atuação e de uma vida realmente digna e humana. 

O estopim então é utilizar do momento de agora, quando nós sabemos o acontece dentro das empresas, a partir de uma gravação, a partir de uma denúncia, e sabemos que é possível se conectar com grupos do outro lado do globo para falar sobre movimentações civis em prol da geração de novos negócios, em prol de grupos que não são minorias, mas são minorizados. 

A gente consegue se utilizar dessa transformação digital também para armar jovens e pessoas que muitas vezes não têm acesso a muita infraestrutura, mas hoje, com um celular, conseguem fazer uma peça publicitária, por exemplo. Então, para nós, o estopim é utilizar a revolução da indústria 4.0 e ter a tecnologia como meio, mas com a finalidade de diminuir as desigualdades dos grupos que historicamente sofreram marginalização e desumanização em seu processo civilizatório. 

6. Quais foram os principais resultados do Movimento desde a criação? Quantas pessoas estão envolvidas atualmente?

A gente define o Movimento Black Money como um fomentador para o desenvolvimento do ecossistema do empreendedorismo negro, que tem como principal função estimular o desenvolvimento do mindset inovador de empreendedores e jovens negros para a criação de diferenciais competitivos no mercado. Com foco em comunicação, educação e mídias, a gente produz conteúdos nas áreas de inovação, tecnologia e finanças e dá cursos de curta duração nas áreas de marketing, gestão e tecnologia. 

Temos o Afreektech, que é o braço educacional do Movimento Black Money. É uma das ferramentas utilizadas para retornarmos a riqueza que produzimos para nós mesmos, com o objetivo de trazer o futuro para junto da comunidade negra, democratizando o ensino de tecnologias para empreendedoras, jovens e meninas negras.

7. Pode nos contar sobre algumas das ações já realizadas?

Este ano fizemos uma turma no Rio de Janeiro, a partir de um edital e com parcerias para empreendedoras e jovens negras de 18 a 62 anos, com cursos gratuitos. Mulheres negras são 28,6% da população e são as que mais sofrem na marginalização do mercado de trabalho. O emprego doméstico ainda é a ocupação de 18% das mulheres negras, e a partir disso verificamos a necessidade urgente de agir.

Mulheres negras possuem rendimento médio salarial de 40% do valor dos rendimentos de homens brancos, além de serem base em muitas das famílias pretas (em África muitas de nossas raízes são de grupos matriarcais), tendo sido o empreendedorismo uma das ferramentas desde o período escravocrata para tentativa de sustento e mudança da realidade do povo preto no Brasil.

Agir de maneira a reduzir as disparidades na distribuição de renda é um dos pilares do MBM. Nesta edição, foram oferecidos os cursos presenciais de modelagem de negócios, marketing digital e programação para iniciantes, com recorte de alunas de 95% de mulheres e meninas negras (18 a 62 anos) que, em condições normais, não teriam condições de custear um programa como esse. A preferência foi por empreendedoras que necessitavam digitalizar seus negócios e jovens que terminaram o segundo grau e procuravam (novas) oportunidades. Nosso intuito é ampliar a sensibilidade digital desse grupo para que possam replicar em suas conexões e ambientes de convívio. Foram beneficiadas 40 alunas.

Em geral, as pessoas procuraram o projeto por quererem iniciar seus empreendimentos na era digital ou terem uma oportunidade de educação empreendedora. Já algumas jovens e outras profissionais procuraram o projeto querendo iniciar na área de tecnologia.

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