fb-embed

Estratégia e execução

2 min de leitura

Para evitar a extinção

A média de vida de uma empresa caiu para 17 anos. a LBS Review explica as razões disso e propõe um “plano de prevenção”

18 de Abril

Compartilhar:
Artigo Para evitar a extinção

Acredite: o tempo médio de vida de uma grande empresa já foi de 90 anos em meados da década de 1920. Nos anos 1950, esse ciclo caiu para 60 anos. E, atualmente, é de apenas 17 anos. Portanto, a pergunta a se fazer é: por que as organizações estão morrendo cada vez mais cedo?

Um estudo do professor Nandu Nandkishore, publicado na London Business School Review, destaca um ciclo de vida comum a grandes empresas, de setores diversos, composto por quatro estágios: 

  1.  Empreendedor fundador. É a fase do fundador lendário, que sabe do que precisam as pessoas de sua época.
  2.  Globalização. Para avançar a  esse estágio, é preciso paciência, um esforço consistente (mesmo sem retorno imediato) e disciplina.
  3.  Competição acirrada. Aqui, ante um menor ritmo de crescimento, muitas empresas partem para o corte de custos – o que pode abrir caminho para novos e inovadores concorrentes. 
  4.  Queda. Quando espremer valor de todas as formas não dá mais resultados, a queda é inevitável. 

Além do ciclo, contribuem também para a extinção outros três fatores: um modelo de negócio esgotado, o crescimento do e-commerce em toda parte e a ausência de pessoas empreendedoras e inovadoras dentro das organizações. 

O alarmante, segundo Nandkishore, é que a  maioria das grandes empresas de bens não duráveis de rápido consumo já está no estágio quatro e só tenta evitar que os analistas de mercado percebam o que está acontecendo. 

A única forma de evitar a morte, de acordo com o professor, é adotar as seguintes medidas:  

  •  Atrair pessoas empreendedoras e inovadoras imediatamente, fazendo com que a cultura corporativa as acolha.
  •  Reestruturar a organização para criar pequenos negócios independentes, voltados a nichos, nos quais novas ideias possam florescer. E é importante proteger essas unidades de interferências. 
  •  Impedir que os acionistas recomprem ações, estimulando-os a reinvestir em modelos de negócio inovadores. 
  •  Não deixar que os analistas de mercado orientem a estratégia. É preciso, isso sim, fazer a gestão das expectativas dos investidores, “forçando” uma visão de longo prazo. 

Não é fácil realizar mudanças radicais como essas, mas é necessário, publica a LBS Review. As empresas precisam fazer escolhas conscientes, ainda que dolorosas. Mas é fácil imaginar o entusiasmo gerado por inovações que possam criar um sucesso real e duradouro. 

Por isso, as empresas gigantes devem fazer todos os esforços listados acima e abrir caminho para que a transformação genuína aconteça.

Compartilhar:

Autoria

Artigos relacionados

Imagem de capa Desenhe futuros, porque todo amanhã começa hoje

Estratégia e execução

24 Dezembro | 2023

Desenhe futuros, porque todo amanhã começa hoje

O design de futuros é um processo divergente-convergente, com fases exploratórias e decisórias; oito orientações ajudam a construir caminhos de futuro no curto, médio e longo prazo

Gustavo Donato

6 min de leitura

Imagem de capa OKRs e KPIs como potencial estratégico: diferenças e aplicações

Estratégia e execução

29 Novembro | 2023

OKRs e KPIs como potencial estratégico: diferenças e aplicações

As metodologias OKRs e KPIs são valiosas e podem ter aplicações complementares na gestão e avaliação do desempenho organizacional. Se usadas combinadas no planejamento estratégico, podem auxiliar na identificação de problemas e oportunidades e na melhoria contínua dos negócios

Italo Nogueira De Moro

4 min de leitura

Imagem de capa Vantagens do uso da vaquinha online para validação de ideias de negócio

Estratégia e execução

18 Agosto | 2023

Vantagens do uso da vaquinha online para validação de ideias de negócio

Ferramenta estratégica pode ser explorada em benefício da empresa, sendo uma forma de sair na frente da concorrência e de manter a organização por dentro das mudanças e movimentações do mercado

Candice Pascoal

2 min de leitura

Imagem de capa Cinco medidas para otimizar o tempo na gestão de uma grande rede de negócios

Estratégia e execução

17 Agosto | 2023

Cinco medidas para otimizar o tempo na gestão de uma grande rede de negócios

Para garantir o desenvolvimento da empresa no longo prazo, algumas práticas podem otimizar processos dos mais rotineiros aos mais estratégicos, economizar tempo e recursos, além de permitir que os times se concentrem em atividades e planejamentos mais técnicos

Marcos Salles

4 min de leitura

Imagem de capa Quatro indicadores para aplicar a health score a uma rede de franquias

Estratégia e execução

30 Junho | 2023

Quatro indicadores para aplicar a health score a uma rede de franquias

Por meio dessa métrica de “pontuação de saúde”, é possível analisar a satisfação de cada franqueado em fazer parte da rede - e, assim, elencar pontos de melhoria que contribuam para a tomada de decisões mais estratégicas

Guilherme Reitz

4 min de leitura

Imagem de capa Gamificação nas organizações: ferramenta para o trabalho híbrido

Estratégia e execução

22 Junho | 2023

Gamificação nas organizações: ferramenta para o trabalho híbrido

A aplicação da lógica e da mecânica dos jogos no trabalho híbrido aumenta o engajamento dos participantes e ajuda a tornar as atividades mais leves e lúdicas, além de ser uma forma de incentivo para o colaborador ir ao escritório

Mário Verdi

4 min de leitura