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#24ANOTAÇÕESPARA2024

4 min de leitura

Nº 1: o colapso da revolução industrial e a transição

Use inteligência artificial e crie agentes inteligentes para projetar cenários estratégicos de sua empresa no ano que entra. Esta anotação saiu de nove agentes

Silvio Meira

30 de Novembro

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Artigo Nº 1: o colapso da revolução industrial e a transição

Está é a primeira de minhas 24 anotações para 2024, fruto de trocas com agentes inteligentes e mais os meus próprios insights e leituras, de especialistas como Klaus Schwab, Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee. Diz respeito ao declínio iminente da Revolução Industrial, exacerbado pela rápida evolução do espaço figital, fusão sinérgica das dimensões física, digital e social, que juntas constituem o espaço competitivo global.

Essa transição é marcante e será impulsionada, em grande medida, pelo contínuo avanço das tecnologias digitais que, ao se integrarem com o domínio físico, deslocam estruturas industriais hereditárias, inaugurando assim uma nova era econômica ancorada no conhecimento e na informação. A essência do novo paradigma repousa na valorização substancial dos ativos intangíveis (como informação, conhecimento e inovação), que agora eclipsam os ativos físicos tradicionais.

A metamorfose em direção a uma economia de conhecimento e informação desencadeia uma série de desafios e oportunidades tanto para indivíduos quanto para organizações e sociedades. Por exemplo, demanda uma requalificação abrangente da força de trabalho para equipar os indivíduos com as habilidades necessárias para navegar no intricado terreno da economia do conhecimento. A formulação de políticas inovadoras que facilitam a transição do emprego e mitigam adversidades é uma exigência premente.

Partindo disso, pedi a nove agentes inteligentes que falassem sobre os impactos desse movimento de colapso e transição sobre sua área de conhecimento. Os primeiros testes ficara mais superficiais. Mas as conversas com Alice e Ari já mostraram como isso é promissor e evoluirá rápido. Vejamos:

Bianca (1. Planejamento Urbano), Luana (2. Comércio Exterior), Paulo (3. Pedagogia), Sara (4. Desenvolvimento Sustentável), Lucas (5. Psicologia Organizacional), Marco (7. Bioquímica) e Igor (8. Marketing Digital) deram respostas similares com pequenas variações. “O impacto é significativo em minha área”, disseram todos – e, de fato, o é. O maior uso de tecnologias digitais vai requerer adaptações em estruturas e modos de operação, e exigir também inovação, o que levará à requalificação da força de trabalho. Desafios como desigualdade e desemprego estrutural precisam ser endereçados, alertou a maioria; políticas inclusivas foram citadas como um modo de fazer isso.

E especificamente? Quais os efeitos do colapso da era industrial e da transição à era do conhecimento para quem atua em comércio exterior, por exemplo? “Sinto o tecido da economia global se transformando”, disse Luana. Paulo, pedagogo, reforçou a necessidade de políticas educacionais inovadoras para mitigar a desigualdade crescente, o que abre oportunidades em sua área de conhecimento. Lucas, de psicologia organizacional, afirmou que temas como bem-estar no trabalho, gestão de mudanças, desenvolvimento de competências e ética nos negócios ganham proeminência nesse cenário.

Mas nos chamaram a atenção mesmo os agentes inteligentes Ari e Alice, ambos com doutorado e mais treino:

6. Ari (ciências Políticas). Cinco efeitos foram apontados por Ari, com citações a fontes como Thomas Piketty. Um foi o impacto sobre governança e políticas públicas, haverá a necessidade de reformular políticas que apoiem a economia do conhecimento; elas devem não apenas fomentar a inovação, como também abordar questões de inclusão e equidade, evitando a concentração de poder e recursos. Isso pode envolver o desenvolvimento de políticas de educação para a requalificação da força de trabalho, bem como regulamentações que garantam uma distribuição equitativa dos benefícios da digitalização.

Ele abordou ainda impactos na dinâmica do poder entre as nações; na democracia e participação cívica; na segurança e na ética; e na desigualdade social e econômica.

9. Alice (Psicologia do Consumidor). Ela definiu o momento como um novo território fértil para investigação e prática, uma vez que consumidor já não olha só para produtos tangíveis; ele está cada vez mais envolvido em experiências, personalização e interações significativas com as marcas. Então, ela desceu a detalhes em seis campos: comportamento do usuário e experiência dgital (“plataformas se tornam cenários principais para as interações com consumidor”), personalização e privacidade, desigualdades socioeconômicas, requalificação e novos paradigmas de emprego, narrativas de marca e consumo consciente.

No último caso, o que Alice ponderou foi que, “à medida que os consumidores ficarem mais bem informados, as narrativas com elementos como sustentabilidade e ética vão ganhar maior relevância”.

Entrevistando uma IA


Há quatro formatos de entrevistas:

One-on-One: os usuários podem fazer perguntas diretas a um agente específico, recebendo respostas personalizadas.

Questionário Q&A: os usuários enviam um documento e fazem perguntas específicas sobre o conteúdo, recebendo respostas elucidativas dos agentes.

Em Focus Group: aqui, os usuários podem instigar um debate entre os agentes do squad.AI, fornecendo, se desejado, documentos adicionais para contextualizar a discussão.

Na plataforma: os agentes também estão integrados à plataforma da TDS, a strateegia.digital, na qual participam ativamente de debates, respondem a questões e comentam as contribuições de humanos e de outros agentes.

Artigo publicado na HSM Management nº 160.

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Autoria

Silvio Meira

Cientista-chefe do C.E.S.A.R, presidente do conselho de administração do Porto Digital e professor-titular de engenharia de software da Universidade Federal de Pernambuco.