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Liderança

4 min de leitura

Muito mais que liderar: inspirar para transformar

Resiliência. Empatia. Cooperação. Nunca antes na história recente estas três palavras tiveram tanta força na condução dos negócios como agora. A pandemia trouxe inúmeros desafios, mas também derrubou algumas barreiras do mundo corporativo estimulando a criatividade e inovação, bem como ajustando o foco no que é realmente essencial.

Lídia Abdalla

20 de Julho

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Artigo Muito mais que liderar: inspirar para transformar

As medidas de distanciamento físico e protocolos de saúde afetaram diretamente comportamentos sociais e impactaram significativamente os planos e finanças das companhias. Foi preciso responder rapidamente e, mais que isso, se reinventar. Evoluir para sobreviver diante deste cenário delicado e de tamanhas incertezas. Os reflexos são sentidos continuamente em toda a rede de sustentabilidade dos negócios, tanto do ponto de vista financeiro, social e ambiental.

O momento atual é de focar na eficiência das operações, mas, principalmente, como líderes abrir novas trilhas, mesmo que diante de um cenário ainda incerto. Lideranças mais visionárias, que estavam um passo à frente, assumiram a missão de se expor, correr riscos e conduzir suas equipes em novos caminhos, inspirando seus times a serem protagonistas e a não sucumbirem diante das turbulências.

A reconstrução das corporações feita com muitas mãos

Há um novo mundo dos negócios em construção e engajar equipes tem que estar inserido em um planejamento amparado em três pilares: responsabilidade social e corporativa e inovação. São crises assim que revelam a importância do papel do gestor frente à sua equipe.

Não é apenas mostrar o caminho. É engajar, motivar, inspirar. É sustentar e reafirmar a relevância da cooperação entre áreas e das parcerias entre empresas e seus negócios nesta jornada desafiadora. É uma oportunidade ímpar de olhar cada um de forma diferenciada e estimular uma gestão que dê solidez à base de sustentação de qualquer empresa.

As transformações sociais e mercadológicas não dão mais espaço às lideranças excludentes. Investir numa cultura organizacional inclusiva é urgente e criar oportunidades palpáveis de desenvolvimento tão quanto.

Dar voz às pessoas é fundamental em todo o processo e nesse ponto destaco como é imprescindível alavancar a presença da mulher no mercado. Somar forças ao poder delas é investir na diversidade de ideias e em benefícios que vão muito além da representatividade, a igualdade de gênero gera ganhos na variação do pensamento estratégico, provoca desempenhos robustos e estimula potenciais.

Números apontam para a urgência da pauta

Uma análise dos números do mercado dá forma ao senso de urgência provocado pela pandemia. Os dados recém divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) mostram que mais de sete milhões de mulheres precisaram abandonar suas jornadas na última quinzena de março, quando começou a quarentena. São dois milhões a mais que a quantidade de homens na mesma situação.

Há também o levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) destacando que em todo o mundo as mulheres ganham, em média, um quinto do salário dos homens – ainda que exerçam a mesma função e tenham as mesmas qualificações, “consequência de fatores como maternidade, emprego em setores mal remunerados e o peso dos estereótipos de gênero na hora da promoção”, aponta o balanço.

Esta lacuna, que vinha se estreitando, teve a velocidade afetada pela crise, e agora vamos precisar esperar mais de 70 anos para que a paridade de gênero seja uma realidade, segundo estimativa da ONU Mulheres – com base nas estatísticas que apontam que quando empresas enfrentam crise severas acabam reduzindo tamanho e a diversidade se torna secundária. Um favor ao retrocesso nos avanços que demos rumo ao protagonismo feminino.

Momento ímpar de priorizar o valor e não o lucro

Na contramão desta realidade, companhias que valorizam a força da mulher ganham evidência. Recentemente, o instituto Great Place to Work ranqueou as melhores empresas brasileiras para as mulheres trabalharem e destacou o case do Grupo Sabin, com seu quadro funcional composto por mais de 77% de integrantes do sexo feminino, ocupando 74% dos cargos de liderança. São índices que chancelam a cultura organizacional, que promove a equidade e o protagonismo da mulher.

A empresa é também uma das investidoras da Women Entrepreneurship (WE), projeto que inspira o empreendedorismo feminino e motiva outras mulheres à frente de marcas e companhias com um acultura organizacional voltada à valorização da diversidade, da equidade e das conquistas em gestão de pessoas. Mais do que nunca, entregar valor ao ecossistema empresarial em que estamos inseridos, por meio de boas práticas, modelos ímpares de atuação é imprescindível.

O fato é que a pandemia do novo Coronavírus segue modificando as relações de trabalho e transformar a realidade das mulheres nestes nichos pode ser a chave para abrir as portas do sucesso neste ‘novo normal’.

Por isso, proponho uma reflexão sobre as palavras da líder global de network capabilities da Grant Thornton International Ltd, Francesca Lagerberg: “Se você tem na liderança de uma empresa grupos de pessoas com origem, cultura e gênero semelhantes, você está perdendo algo no mercado. É preciso diversidade para observar o mundo com uma visão mais ampla, que provavelmente reflete melhor seus clientes e os problemas e oportunidades com que se deparam”, finaliza.

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Autoria

Lídia Abdalla

Presidente Executiva do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica

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