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Liderança

3 min de leitura

Liderança em tempos de computação quântica

O desafio de construir caminhos para futuros possíveis em meio ao avanço da tecnologia quântica

Colunista Elisa Rosenthal

Elisa Rosenthal

08 de Dezembro

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Artigo Liderança em tempos de computação quântica

A definição de liderança é frequentemente revisitada, especialmente por veículos que buscam refletir sobre o universo das corporações. Liderar é, sobretudo, uma atitude consciente e que motiva as pessoas (sejam seguidores, equipe, sociedade).

Quando resolvi aprofundar meus estudos no modelo de Liderança Shakti, desenvolvido por Nilima Bhat e Raj Sisodia, minha "ilha do conhecimento"(como diz Marcelo Gleiser no livro homônimo) aumentou consideravelmente.

Gleiser explica que o conhecimento é como uma ilha, circundada pelo mar "do que não conhecemos". Conforme ampliamos o conhecimento, nossa área do não conhecimento amplia, proporcionalmente.

Estudando outros autores que também buscam compreender o que é liderar em tempos modernos, como Simon Sinek, passei a compreender que se trata também de enxergar um futuro possível, e de construir o caminho para alcançá-lo.

Agora, neste ano que tanto nos desafiou a pensar sobre esse futuro, precisamos analisar as ferramentas que possuímos para construir os caminhos possíveis para conquistar aquilo que planejamos e sonhamos.

A grande aliada nessa construção é a conectividade proporcionada pela internet e suas funcionalidades, como redes sociais e transações virtuais. E, mergulhando neste tema, precisamos entender que vivemos uma transição de escalas com a proximidade daquilo que Ray Kurzweil, um dos fundadores da Singularity University, chamou de "Singularidade".

Segundo Kurzweil, a singularidade será atingida quando todas as transformações do último milhão de anos forem superadas pelas mudanças que ocorrerão nos próximos quinze minutos. Aquilo que poderia parecer um futuro distante, se aproxima da realidade no mês em que a multinacional de tecnologia americana Intel revelou que o seu processador Horse Ridge 2 ajudará a controlar computadores quânticos, o que foi considerado um marco histórico.

Se os processadores quânticos são o cérebro da operação, então a Intel considera o Horse Ridge 2 uma medula espinhal que fornece um elo essencial com o mundo exterior. E é aqui que o conhecimento que temos até hoje sobre liderança sofrerá uma enorme atualização de sistema operacional.

Os computadores quânticos migram dos sistemas binários da computação atual, baseada em 0 e 1 e conhecida por bits, para os qubits (unidade de informação quântica ou bit quântico).

O que isso tem a ver com liderança?

Até aqui, para saber como chegar a um destino num mundo orientado pela visão binária, você poderia ter duas direções possíveis: direita ou esquerda. Já, na mentalidade quântica, a cada possibilidade de direita há também a chance de ser esquerda ou, ainda, de seguir em frente!

A ideia simplificada é esta: enquanto um bit é binário, restrito ao zero e um, um qubit pode representar várias combinações de zero e um ao mesmo tempo. E o resultado dessa realidade é traduzida em velocidade de dados.

E foi também durante este mês de dezembro que o sistema quântico Jiuzhang, desenvolvido pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China, foi capaz de calcular em minutos o que um supercomputador levaria mais de 2 bilhões de anos para conseguir.

No ano passado, o Sycamore, a máquina dos cientistas do Google, conseguiu realizar em minutos um cálculo que demoraria 10 mil anos para ser feito por um computador clássico.

Ainda estamos distantes de popularizar o uso da computação quântica agora, a corrida pela singularidade parece estar próxima de uma linha de chegada.

Quando resolvi seguir pela certificação no modelo de Liderança Shakti, fui seduzida pela proposta do "equilíbrio entre o feminino e masculino nos negócios". Um equilíbrio que vai muito além de gênero e trata do equilíbrio das nossas energias e características, representadas também pela forma de liderar.

Em uma das aulas, Nilima Bhat falou sobre os campos magnéticos, propondo a reflexão sobre os imãs e seus polos positivos e negativos. Quando aproximamos um polo positivo do negativo, o campo magnético é gerado no centro, nem em um polo, nem no outro.

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Autoria

Colunista Elisa Rosenthal

Elisa Rosenthal

Elisa Rosenthal é a diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker, produz e apresenta o podcast Vieses Femininos. Autora de Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário.

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