fb-embedExperiência do colaborador: autonomia e inteligência de dados HSM Management

Gestão de pessoas

3 min de leitura

Experiência do colaborador: autonomia e inteligência de dados

Tecnologia e bom uso de dados são fundamentais quando a questão é fornecer para o colaborador o que ele precisa: ferramentas e uma boa experiência

Rafael Gonçalves

07 de Junho

Compartilhar:
Artigo Experiência do colaborador: autonomia e inteligência de dados

Parece ótimo baixar um aplicativo para pedir comida e resolver tudo com poucos cliques. O login facilitado pela autenticação no seu celular, a geolocalização oferecendo os restaurantes mais próximos, um filtro pelo valor ou pelo tipo de comida, o cardápio, o campo de comentários para tirar aquela cebola crua do seu prato, o pagamento, até que o serviço de entrega deixa um pacotinho em sua porta – dependendo de onde você morar, sequer encontra a pessoa que fez essa entrega. É sobre isso que a inteligência de dados trata: oferecer ao usuário uma experiência efetiva e compreender a jornada dele.

Pense, agora, na experiência dentro das organizações. Provavelmente, há uma intranet, um repositório de dados em nuvem ou em um servidor central. Talvez um canal em algum aplicativo de mensagem ou ferramenta de produtividade, a caixa de e-mails corporativos. Certamente, a experiência de buscar uma informação necessária neste cenário é muito mais complexa do que no anterior.

Dados a seu favor

Segundo Salim Ismail, cofundador da Singularity University e coautor da obra Organizações Exponenciais, o componente principal da gestão da informação são as tecnologias sociais. Tudo começou com o e-mail (conectividade assíncrona) – as wikis e intranets evoluíram para um modelo síncrono e compartilhado – hoje, há fluxos que fornecem atualizações em tempo real.

Dessa forma, o colaborador deixa de consumir conteúdo da intranet (que fica desatualizado facilmente), do portal de treinamentos online (que também costuma ter formatos pouco amigáveis) e passa a ser um agente ativo das práticas da organização, parte de uma engrenagem que faz funcionar um fluxo muito maior, social e de conhecimento compartilhado.

Para J.P. Rangaswami, cientista-chefe da Salesforce, a tecnologia social possui três funções principais: reduz a distância entre a obtenção do dado e a tomada de decisões; faz com que esses dados não sejam procurados, mas fluam pela organização; e alavanca a formação de ideias. O objetivo é a latência zero: segundo o Gartner Group, um processo em que o espaço de tempo entre o surgimento da ideia, a aceitação e a implementação dela não é percebido. Isso torna o conhecimento vivo e a produtividade nativa e introjetada culturalmente.

Este cenário nos leva a pensar nas diversas planilhas, cálculos, bases de dados, software e sistemas legados e até documentos salvos em máquinas individuais dos colaboradores. Nada social, tornando o trabalho complexo e prejudicando a produtividade. As informações ficam dispersas e não colaboram para a criação de identidade e cultura da companhia.

Mobile é a saída

O momento não é mais de avaliar se o formato mobile dentro das organizações pode ser benéfico, por exemplo. “A questão é o quanto as empresas serão prejudicadas se não estiverem no mobile, pois tudo o que fazemos, hoje, é com um aplicativo”, explica Marcello Porto, vice-presidente da LG lugar de gente.

Uma vez que a experiência do colaborador trata de pessoas, o RH tem papel nessa busca pelo uso de dados inteligente e que alavanque a produtividade. Um bom exemplo é começar dentro de casa: solicitações de férias, afastamentos e benefícios, consultas ao demonstrativo de pagamento, informe de rendimentos, acompanhamento de atividades pendentes como treinamentos não realizados são atividades que devem ser centralizadas de alguma forma, preferencialmente, no mobile.

Esse autoatendimento, com a boa gestão das informações, das próprias necessidades e com todas as ferramentas à mão, cria uma experiência seamless. A ideias de que o colaborador tem tudo o que precisa ao seu alcance é fundamental para aprofundar a noção de produtividade e evoluir a questão tecnológica para um passo adiante das ferramentas, isto é, como é encarada a gestão das informações dentro da organização.

Saiba mais com o Papo de Negócio sobre como tornar a gestão de pessoas mais tecnológica sem perder calor humano.

Compartilhar:

Autoria

Rafael Gonçalves

Editor de conteúdo multimídia para HSM Management, radialista, jornalista e professor universitário, especialista em comunicação corporativa, mestre em comunicação e inovação e doutorando em processos comunicacionais. Desde 2008, atua em agências, consultorias de comunicação e gestão para grandes empresas e em multinacionais.

Artigos relacionados

Imagem de capa Cinco estratégias para aprimorar a escuta ativa - essencial no mercado

Gestão de pessoas

12 Outubro | 2023

Cinco estratégias para aprimorar a escuta ativa - essencial no mercado

Em um mundo acelerado e com a agenda cheia, parar todas as atividades e ouvir podem ser tarefas difíceis de encaixar na rotina agitada e ocupada. Mas é fundamental que o mercado corporativo reconheça e valorize a importância da escuta ativa

Marcelo dos Santos

4 min de leitura

Imagem de capa Quer atrair, reter e engajar colaboradores millennials? Seja uma empresa diferente

Gestão de pessoas

04 Outubro | 2023

Quer atrair, reter e engajar colaboradores millennials? Seja uma empresa diferente

Pessoas nascidas entre os anos 1980 e o final da década de 1990 se interessam mais por qualidade de vida, tecnologia e empreendedorismo. Então, para tê-las em sua equipe, a organização deve ser diferenciada e manter-se fiel ao seu propósito

Thiago Gomes

3 min de leitura

Imagem de capa Gestão de pessoas como estratégia para o sucesso das startups

Gestão de pessoas

29 Setembro | 2023

Gestão de pessoas como estratégia para o sucesso das startups

A pauta sobre a necessidade da área de recursos humanos ser estratégica é recente no mercado de trabalho, mas essencial para o cenário atual. Uma gestão de pessoas adequada deve ter um forte alinhamento interno, com colaboradores engajados e incansáveis na busca por resultados

Marcus Vaccari

4 min de leitura

Imagem de capa Não esqueça das pessoas na agenda ESG! (elas são prioridade)

Gestão de pessoas

24 Julho | 2023

Não esqueça das pessoas na agenda ESG! (elas são prioridade)

Já é de conhecimento geral no mundo corporativo que o ESG tem como foco o ambiental, o social e a governança. Mas o ativo é a gestão de pessoas e deve ter a atenção das organizações

Lisandra Brasil

2 min de leitura

Imagem de capa Gamificação pode ser uma ajuda (sem volta) no processo de liderança

Gestão de pessoas

05 Julho | 2023

Gamificação pode ser uma ajuda (sem volta) no processo de liderança

Uns dos principais desafios no ambiente corporativo são o engajamento e a motivação. Ferramentas gamificadas podem ser ótimos recursos para melhor a produtividade e o sentimento de pertencimento dos colaboradores

Thiago Gomes

2 min de leitura