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Elas têm um desafio crescente: extrair o melhor dos sistemas legados e, ao mesmo tempo, dar o salto de modernização que a jornada digital exige. Líderes de TI precisam cada vez mais saber orquestrar o “antigo” com a mentalidade das startups
Edenize Maron
16 de Março
Não é à toa que a expressão “transformação digital” se popularizou nos últimos anos. Promover essa jornada digital para clientes e para o mercado em geral não é questão de opção, mas de sobrevivência.
A forma como a pandemia catalisou essa necessidade de transformação não deixa dúvidas quanto à nova realidade que se estabeleceu em empresas dos mais diversos portes e setores.
Mas como fazer com que a tão falada transformação digital aconteça na prática em grandes empresas ditas tradicionais, que são complexas e possivelmente mais lentas para se adequar a mudanças?
Como extrair o maior valor possível do legado que elas carregam em um mundo cada vez mais digital, em que as startups são consideradas sinônimo de inovação e modernidade justamente porque já nasceram sem o “peso” da tradição?
Uma das reflexões que proponho para enfrentar esse dilema é trazer para dentro das corporações a mentalidade de “fazer o dinossauro voar”, uma analogia que remete à força e ao peso desses velhos animais que habitaram o planeta há milhões de anos.
Hoje a ciência sabe que alguns dinossauros tinham certa capacidade de voo. Mas eram relativamente pequenos, para os padrões da época. Os enormes e temidos pterossauros voavam, porém, tecnicamente, eles não eram dinossauros, mas outra ordem de animais.
Imagine então se um tiranossauro ou um carnotauro pudessem voar? Agora imagine se as grandes corporações consideradas tradicionais ou mesmo engessadas pudessem incorporar ao seu DNA a modernidade trazida pelas startups? Isso seria fazer o dinossauro voar! É o que se espera da nova onda de líderes de TI que está chegando ao comando das grandes empresas: que eles tenham a habilidade para unir e orquestrar o novo e o “velho”.
Essa mentalidade será um diferencial para os líderes de tecnologia, que têm grandes desafios no dia a dia. Um deles, por exemplo, é manter os sistemas legados de gestão, sustentação ou retaguarda funcionando sem problemas ou interrupção. Dessa forma, eles liberam a equipe de TI para funções mais estratégicas na corporação, aquelas voltadas ao crescimento do negócio. A questão é que isso, invariavelmente, passa pela jornada digital, por iniciativas que aprimorem a experiência do cliente e pela eficiência operacional, o que contempla inclusive melhorias logísticas.
Ou seja, o ERP (Enterprise Resource Planning, software integrado de gestão empresarial) e o sistema legado não podem ser um estorvo que proíba ou dificulte a empresa de “voar”. Ambos devem ser aliados dessa transformação.
A seguir elencamos alguns pontos que podem auxiliar o CEO a viabilizar e promover essa transformação:
Toda a liderança da empresa, principalmente os CEOs, precisa estar engajada na estratégia de otimização e foco em crescimento, com coragem para fazer diferente em vez de apenas repetir padrões. Pense nisso e mãos à obra para fazer o dinossauro voar?
GVP e Gerente Geral da Rimini Street América Latina
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