
04 Dezembro | 2023
A mensagem do HSM+ para os líderes de 2024
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O trabalho híbrido é inevitável, mas pode ser que não funcione para todos. Conheça alguns desafios – e as estratégias possíveis para adotar o novo formato
Fernanda Grabauska
16 de Novembro
Com a imunização contra a covid-19 a galope, é de se esperar que empresas em todo mundo retomem o trabalho presencial. Voltariam, então, o foco das reuniões presenciais – folga bem-vinda depois de uma eternidade no zoom –, do olho no olho, dos happy hours às sextas-feiras? Não é bem por aí.
Tudo indica que o futuro combine dias de trabalho presencial com outros de trabalho remoto. Parece ser o melhor de dois mundos, mas também requer flexibilidade em sua implantação: o modelo híbrido apresenta um novo leque de desafios para organizações e RH.
“Para muitos, trabalhar de casa sempre pareceu um grande sonho. Mas os desafios constrangedores de habitar, conviver, trabalhar e dormir no mesmo espaço podem fazer desse sonho um pesadelo. O mundo do remotismo não é tão maravilhoso, pois costuma-se trabalhar mais intensamente, sem intervalos e por mais horas – e não se percebe mais que o excesso de trabalho está tomando conta da vida.”
A conclusão é do relatório Vibes do Trabalho, do hub de pesquisa em tendências Float. O aumento referido na jornada de trabalho remoto ainda se mostra um desafio para trabalhadores, que perderam a possibilidade de “deixar” o trabalho no escritório. Parece que a premissa de viver conectado tende a se manter no modelo híbrido – a não ser que o alinhamento entre organização e colaboradores esteja em dia.
Como, então, separar esses ambientes e tornar o híbrido um sistema de trabalho equilibrado?
Para o studio de RH The Grid, o maior desafio mora em ajudar as empresas a construir uma cultura virtual, adaptando a gestão para que acompanhe a fragmentação do espaço de trabalho e a mudança no jeito de produzir.
A transição para alguns dias de trabalho presencial e outros remotos deve ser guiada pelo desejo de tirar o melhor de cada modalidade – pelo preparo e mentoria das lideranças para que essas possibilidades sejam implementadas com qualidade e de forma realista. Pergunte-se: além de cargos e promoções, o que mais dá para oferecer às pessoas?
Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que, assim como tudo na vida, o híbrido não funciona para todos. Se há o time dos empolgados com o retorno ao presencial, para muitos a volta ao escritório está longe de ser bem vista. É por isso que, antes de chegar com uma política pronta de trabalho híbrido, é importante conhecer as expectativas e as necessidades de cada colaborador e oferecer flexibilidade.
O escritório, afinal de contas, continua importante. “Aquela questão da espontaneidade que, muitas vezes, não se tem no digital, se mantém no físico” diz Marcelo Ramos, co-general manager da worktech de benefícios e vida no trabalho Swile. E ainda: “Tem muita gente que sente a necessidade de sair de casa, muitas vezes nem por questão de infra. Pode até ter o auxílio para melhorar o home office, mas às vezes não tem espaço, ou tem mais de uma pessoas trabalhando no mesmo lugar”.
Ramos aconselha não fechar questão sobre a política de trabalho híbrido ou full remoto sem perguntar a opinião dos colaboradores. “Hoje, o papel do RH é levantar a bandeira de falar: eu tomo decisões com base naquilo que escuto vindo do meu usuário interno”, sugere o executivo.
Entre as principais reclamações em relação à dinâmica do home office estão as reuniões frequentes e a dificuldade em trabalhar sem interrupções. Mas esses problemas podem ser resolvidos com um equilíbrio inteligente entre presencial e remoto.
Uma das soluções é implementar dias sem reuniões entre as equipes, com foco na produtividade – algo que reforça a autonomia do colaborador e pode ser decisivo para aliviar a sensação de sobrecarga, evitando burnout.
Com o retorno, mesmo que gradual, ao escritório, a tendência é que o expediente volte a acabar quando termina, digamos assim – iniciativas como o projeto de lei Trabalhando de Casa, na Irlanda, incluem o direito legal de se desconectar das comunicações fora do horário de trabalho. Dos benefícios intangíveis de uma gestão humana, um expediente menos interrompido tornou-se algo básico para a saúde mental.
Que é essencial colocar as pessoas no centro da gestão é algo que a pandemia deixou mais do que claro. Mas e os benefícios tangíveis? Com o retorno ao presencial, modifica-se o padrão de gastos com alimentação, mobilidade e assim por diante.
A tendência é a adoção de um saldo único para tais despesas – que pode ser gerido por aplicativos como o da Swile, onde a grana pode ser deslocada para a categoria que o colaborador preferir.
“Isso traz uma flexibilidade e um poder de consumo muito maior para o funcionário”, afirma Marcelo Ramos. “Se estou em casa, tenho a tendência de consumir muito mais em mercado do que em refeições fora e fico com aquele saldo acumulando, sendo que poderia aproveitar melhor em uma compra até em atacado.” No caso das plataformas de benefícios corporativos, que ascenderam depois da pandemia, essa flexibilidade é visível: a pessoa pode ficar em casa no trabalho remoto, receber um saldo de alimentação e refeição e movimentar o montante da maneira que quiser.
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