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O futuro da economia dos aplicativos

Não são poucos os que decretam a morte próxima dos apps, mas eles têm, ao contrário disso, uma perspectiva brilhante

Kleber Wedemann

09 de Maio

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Artigo O futuro da economia dos aplicativos

iPhone: e lá se vão 11 anos…

Como quase todos sabem, o iPhone foi lançado há 11 anos. Mesmo enfrentando algum ceticismo dos analistas e da indústria em geral e algumas preocupações em relação ao preço elevado do aparelho, a realidade é que o iPhone mudou nossas vidas de forma profunda e de um modo mais rápido do que qualquer outra inovação que tenha surgido.

Os impactos do iPhone

Esse dispositivo trouxe a internet para os nossos bolsos e provocou mudanças em algumas indústrias, impactando nossas vidas para sempre. Repassemos rapidamente o que houve:

Indústria de PCs

A Apple colocou um computador no nosso bolso e tanto o iPhone quanto os smartphones em geral se tornaram ferramentas de informação, usadas para produtividade, comunicação e lazer. Sendo assim, o PC tornou-se menos relevante para muita gente. 

Indústria de telecom

Antes do iPhone, a maioria dos modelos de negócios na indústria de telecomunicações era focado em torno da voz. Sim, a voz sobre IP (VoIP) tornou-se popular no ano 2000 e já havia começado a levar as empresas do setor para o modelo baseado em voz digital, em vez dos tradicionais métodos de entrega de voz da telefonia fixa. Com o advento do iPhone, elas foram forçadas a sair do negócio de voz tradicional. Hoje, as operadoras são empresas de comunicação baseadas em dados, cujos modelos de negócios foram transformados por completo. Todas oferecem pacotes de informação e entretenimento e se tornaram canais para vários tipos de serviços.

Mídia e entretenimento

Durante a maior parte de nossas vidas, tivemos que ir a um cinema ou a uma locadora para assistir um filme e, no caso de um programa de TV, tínhamos que sentar em frente à televisão. Pois o iPhone criou uma plataforma móvel para a oferta de vídeos e, desde 2007, todos os principais estúdios de cinema e TV foram forçados a expandir seus modelos de distribuição, incluindo serviços de download e streaming em dispositivos móveis.

Indústria de jogos

Antes de 2007, a maioria dos jogos era entregue por meio de consoles, PCs ou dispositivos portáteis, como o Nintendo DS ou o Sony PlayStation. O iPhone expandiu o mercado de jogos para celular e criou uma categoria totalmente nova de jogabilidade, baseada no toque na tela, persuadindo até mesmo resistentes como a Nintendo a embarcar nesse universo, inspirados em suas famosas franquias. Embora o modelo dominante de "free-to-play" fracione a receita, o potencial para exposição da marca é significativo: o Pokémon Go em realidade aumentada foi baixado mais de 750 milhões de vezes. Isso representa um contraste com todo o ciclo de vidas do Mario, de pouco mais de 500 milhões de downloads.

Acima de tudo, não podemos deixar de mencionar a mais importante ruptura que o iPhone nos trouxe nesses últimos 11 anos: a App Store, a "economia dos aplicativos". "Se você olhar para todas as coisas que aconteceram no mundo há cinco anos, a App Store está entre as mais influentes para a humanidade nesse período". É o que diz o fundador e CEO da Evernote, Phil Libin. Hoje, os aplicativos funcionam como a principal interface para os dispositivos conectados, as máquinas modernas e as inovações da Internet das Coisas, que nos permitem interagir com dados em todos os aspectos das nossas vidas.

Números convincentes

Não faltam dados para mostrar o valor e o potencial da economia de aplicativos existente nos Estados Unidos, por exemplo, destacando as contribuições de mais de cem desenvolvedores de aplicativos e inovadores nesse ecossistema. Os apps causaram disrupção em setores-chave, como vimos no segmento de mapas (Waze), de hospedagem (Airbnb) e transportes (Uber), apenas para citar alguns exemplos. Além disso, a economia dos aplicativos vem impulsionado a criação de empregos, o crescimento da riqueza e novas oportunidades para muita gente.

Valor de US$ 950,6 bilhões 

O valor da economia de aplicativos deriva de um mercado consumidor em expansão e de um número cada vez maior de aplicativos corporativos e das inovações da IoT.

4,7 milhões de funcionários 

A economia de aplicativos emprega mais de 4,7 milhões de norte-americanos como desenvolvedores, engenheiros de software, gerentes de sistemas e professores.

Salário médio anual de US$ 86 mil 

Com os salários mais competitivos do país, o emprego médio em economia de aplicativos paga quase o dobro da média nacional (US$ 48 mil).

444 mil novos empregos de computação serão criados

Seguindo a taxa de crescimento atual, a economia de aplicativos adicionará 440 mil novas vagas de emprego à força de trabalho norte-americana até 2024.

Empresas geram valor à economia de aplicativos 

Duas em cada três empresas usam aplicativos corporativos, complementando os 175 bilhões de downloads em 2017.

Vida longa

Sim, Steve Jobs estava certo. O iPhone traz a nossa vida para o nosso bolso, mas é uma vida nova, muito mais conectada, interessante e emocionante. Estou ansioso pelos próximos 11 anos!

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Autoria

Kleber Wedemann

Kleber Wedemann é marketing director do SAS para América Latina e Caribe. Ele escreveu este artigo com exclusividade para o site da Revista HSM.

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