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O exemplo da educação da China e o promissor mercado de e-Learning

Colunista Luiz Alexandre Castanha

Luiz Alexandre Castanha

07 de Outubro

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Artigo O exemplo da educação da China e o promissor mercado de e-Learning

Startups, capital de risco, incentivos do Governo parecem ser palavras distantes do cotidiano comum de pais e filhos de qualquer país, mas, na China, elas estão totalmente ligadas a um assunto muito caro às famílias: a educação das crianças.

Potência no e-Learning, a China testa possibilidades tecnológicas para que os alunos aprendam de forma interessada e estejam prontos não só para o mercado de trabalho global, mas para se desenvolverem de forma mais feliz e plena. 

Os chineses querem que as gerações futuras também se sintam capacitadas e com domínio de conhecimentos para que, enfim, assumam postos de liderança e estejam sempre um passo à frente quando o assunto é tecnologia.

A expectativa de investimento no setor de Educação chinês para 2019 foi apresentada no Global Education Technology Summit, em Beijing, no final do ano passado, e impressiona: a consultoria HolonIQ previu 4,5 bilhões de dólares em EdTech startups do país. Para efeito comparativo, os Estados Unidos investiram 1,45 bilhão no segmento, em 2018.

Fato é que o sistema de ensino chinês está crescendo com a ajuda de ferramentas como inteligência artificial (AI, na sigla em inglês), reconhecimento facial e robôs inteligentes que ajudam os alunos a aprenderam o conteúdo como se fossem “tutores digitais”. É inegável que a China está colocando seus esforços na questão: o Governo estabeleceu uma meta de que, até 2030, o país precisa se tornar líder em pesquisas e implantação de AI.

As tendências do mercado no Summit mostram que as empresas estão empenhadas em encontrar formas de melhorar a relação na sala de aula. Uma delas é um formato de rápida avaliação, por teste online, que agrupa os estudantes de acordo com seus resultados, conhecimentos e habilidades. 

Outra inovação está em ambientes com softwares que fazem a leitura do rosto e ajudam a traçar o estado emocional de cada aluno – nem sempre crianças e jovens se comunicam sobre o tema – para que os professores estejam atentos à classe com mais proximidade. 

A empresa Squirrel, uma das maiores de AI no país, usa algoritmos que calculam as dificuldades de cada aluno. Se ele não está bem em matemática, por exemplo, são exercícios da disciplina que serão oferecidos na plataforma – um professor fica ao lado do aluno para tirar dúvidas.

Há ainda máquinas inteligentes que emitem feedbacks de provas, o que pode representar mais tempo que o professor tem disponível para discutir dúvidas e aprofundar temas que a classe precise aprender no “mundo real”. Apesar de parecer “um futuro muito distante”, vejo que são essas novidades tecnológicas que ditarão os novos formatos de se ensinar e aprender, globalmente. 

A HolonIQ, inclusive, divulgou uma análise mais recente constatando que, além da China, a Índia concentra investimentos de capital de risco no segmento de tecnologia educacional (as duas representam 70% dos investimentos globais). 

Se sempre estivemos de olhos abertos para as inovações tecnológicas que surgem de ambos os países, essa é a hora de direcionarmos nosso olhar para a forma com que eles estão trabalhando com e-Learning. Temos o desafio de descobrir como aplicar em nossas salas de aula, mas sinto que o estímulo que a China e a Índia nos trazem é um motivador importante.

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Colunista Luiz Alexandre Castanha

Luiz Alexandre Castanha

Luiz Alexandre Castanha é CEO da NextGen Learning, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro Olhares para os Sistemas.

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