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Tecnologia e inovação

14 min de leitura

Já vivemos em uma metaeconomia; só falta entendê-la

Em 2022, o assunto foi metaverso. Em 2023, o assunto foi o fracasso do metaverso – ou, pelo menos, seu adiamento. Em 2024, é hora de olhar para o todo em vez de focar detalhes, e começar a enxergar o que o autor deste artigo, que se define como cypherpunk, chama de “metaeconomia”. O nome talvez seja provisório, mas trata-se de um novo ciclo econômico, construído em 25 anos de digitalização, interconexão e a convergência de forças específicas.

Colunista Courtnay Guimarães

Courtnay Guimarães

29 de Dezembro

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Artigo Já vivemos em uma metaeconomia; só falta entendê-la

Monstros multitentaculares, verdadeiras medusas econômicas, invadiram todos os ambientes possíveis da nossa vida em sociedade – primeiro as mesas de trabalho, depois os bolsos em aparelhos celulares e agora, TVs, videogames, a cozinha, carros e mais recentemente, até os banheiros viraram produtores de ativos digitais.

Ao mesmo tempo, uma rede global de pagamentos, intercalada com sistemas de remessas e um complexo conjunto de contratos, acordos e interconexões entre sistemas de caixa, pontos de venda (POS, na sigla em inglês) e celulares, fizeram explodir as transações em qualquer lugar do mundo.

Essa é a maneira mais rápida que encontrei, embora ainda incompleta, para dirigir sua atenção ao novo ciclo econômico que o planeta Terra está vivendo, e que eu chamo de “metaeconomia”. Por que chamá-la assim? Porque, a meu ver, o novo ciclo não é uma economia como outra qualquer. Forças fundacionais de longo prazo convergiram de maneira única e catalisaram um fenômeno nunca dantes visto nesta civilização humana.

Primeiro, a força “globalização”, que dispensa explicações, aliou-se à força “digitalização”, que criou os negócios 24x7 (24 horas por dia e 7 dias por semana) e as transações instantâneas, e tudo isso resultou em nossas medusas econômicas – as plataformas.

Mais duas forças são a imensa nuvem de conversas (messaging) e hábitos estranhos, como o compartilhamento de fotos de gatos, de comidas, de patos, dancinhas exóticas, e um novo vocabulário “rashitégui”. Essas forças criaram uma espécie de massa de pessoas-zumbis, agindo com polegares e se transformando em consumidores que entregam sua atenção em uma nova forma de dependência – a das mídias sociais. (Vender para esses consumidores dependentes é um novo modelo de negócio, se olharmos bem, que está na base dessa economia das plataformas.)

E ainda há derradeira força do streaming de qualquer coisa e seus feeds aprisionantes – seja por toda a infinidade de músicas disponíveis, filmes, séries etc. Isso transformou a atenção individual em um projeto invertido da criação humana.

Essas forças criaram uma metarrealidade, ou seja, uma realidade construída sobre o modelo do mundo real, mas que não necessariamente é real. E para uma metarrealidade há uma metaeconomia. Até a mais antiga forma de diversão virtual, os videogames, ganharam versões metarreais, ocupando os mesmos espaços que todo esse fluxo imenso de coisas – e, se me permite, de tempo existencial roubado.

Se fosse para resumir, a metaeconomia trabalha com produtos-serviços inteiramente digitais, inteiramente atemporais (não há noite na ciberrealidade) e, arrisco acrescentar, inteiramente surreais. Se a metarrealidade desloca psicologicamente as pessoas em relação ao tempo (tudo ao mesmo tempo instantaneamente agora e sempre) e em espaço (eu, indivíduo, não me globalizo mais fisicamente, mas tenho uma extensão infinita digital), a metaeconomia subverte o último dos laços com a realidade que é o fator psicológico em acreditar no dinheiro. Trata-se da criptoeconomia.

Código virou instituição confiável, redes de redes de redes de percepções passaram a tratar depósitos, empréstimos, leilões, transferências e até roubos dos ativos. Os códigos, que não valem nada em si, representam bilhões de dinheiros. As finanças ficaram distribuídas em redes de redes de redes de redes, descentralizadas dos países e dos seus cidadãos, e concentradas num novo conceito de confiança subjetiva – a tecnocracia absolutista dos criptoalgoritmos. Chegamos a picos de movimentação de US$ 2 trilhões com criptoalgoritmos nos últimos dois anos.

Queiramos ou não, é inexorável o monopólio dessas megaestruturas da criptoeconomia. Mas hoje são construídas de maneira colaborativa e aberta, no que se ensaia chamar de “cooperativismo de hiperplataformas”. Nelas consumidores, produtores e suas organizações, regras de negócio e acordos estão multidirecionalmente autovinculados entre si globalmente, com regras e éticas próprias. Por incrível que pareça, esse sarapatel de fluxos, definições e aceitações de valores opera de maneira caordicamente ultraintegrada e milagrosamente estável.

Está em dúvida? Se você conseguir observar de longe e do alto apenas os movimentos de compartilhamento global da infraestrutura criptoeconômica, com seus padrões únicos universais, governança coordenada por códigos e alinhada com regulamentação local, começará a entender a megatendência. Em breve teremos numa única plataforma que poderíamos chamar de “internet 9”, um conjunto único de regras para transações (criação, atribuição, guarda e destruição de ativos) e um conjunto único de artefatos de cidadania digital (identidades, certidões, cofres, dados pessoais sigilosos ou comerciais). Será como se houvesse uma única metacidade global digital e, assim, uma única humanidade.

E aí começaremos a entender melhor a metaeconomia: para mim, ela é ação micro, com impactos macro, alavancada por vetores globalmente locais.

AÇÃO MICRO

A metaeconomia é uma economia digital. Em rede. Que inclui objetivos físicos (pense em carros, celulares dentro de carros, TVs com internet, embutida ou não). Com pessoas como produtoras e consumidoras – e sendo produtor e cliente ao mesmo tempo.

O combustível da metaeconomia é a mente humana, criando, torcendo, distorcendo e retorcendo o conceito de “quanto isso vale do meu bolso, do meu tempo, da minha energia mental e da minha qualidade de vida”. Por isso, a ação micro é um elemento central no novo ciclo.

É claro que não temos entre 4 bilhões ou 4,5 bilhões de pessoas no mundo digitalmente conectadas no mesmo prumo. Embora todas tenham a mesma possibilidade digital, elas vivem em realidades socioeconômicas diferentes. E culturais, geracionais. Acabei de descobrir, por exemplo, que 99% dos meus memes (coisas singelas como o prosaico professor pardal ou a sala do pensamento do Tio Patinhas) são buracos negros absolutos para 99% dos “high potential young future leaders” com quem trabalho. Cada geração tem padrões de atividade e de consumo online diferentes.

Mas pontos comuns nos unem. Temos vários movimentos que chamo de “quase ciclos microeconômicos”:

  • Um grupo de pessoas como produtos de plataformas, apenas agentes passivos – os clickers, snappers, viewers, meio que a turma da digizumbilândia.

  • Uma onda de novos produtores criativos, desde os mais prosaicos “influencers” até novos e míticos entes de entretenimento ou cultura, citando na categoria o “Luva de pedreiro”.

  • Uma rede de redes de semiplataformas, integradas com várias outras, iniciando pela Khan Academy, por exemplo, e mais elaboradamente, nas novas mega redes de gamers.

  • Os ultras profissionais “atletas de alta performance da mídia”, como a Jade Picon ou Juliette Freire, onde um time de marketing de alta performance coordena toda uma estratégia para que a pessoa seja, em si mesma, um grande produto.

O importante é entender aonde esses ciclos micro nos levam:

Opção 1 | A um monopólio de dados e de economia da atenção. Tomando como base o esperneio dos últimos anos, ao redor do “ultrajante modelo das chamadas big techs”, aparentemente vivemos um monopólio. Mas apenas aparentemente. O tempo corre muito mais rápido, e os ciclos de nascimento, crescimento e expansão das organizações metaeconômicas obedecem a outros critérios e outros modelos de forças, criação e distribuição de valor.

Mais ainda, na mesma tempestade efervescente de mudança, há uma nova sociedade em transformação ultraconectada, ultravolátil e mais ainda, menos vinculada a experiências longevas como forma de cultura.

Por mais que pensemos nas distopias de “zumbis digitais”, “influenciadores gerando influenciados” e “capitalismo de vigilância” (conceito de Shoshana Zuboff), a verdade é que estamos, como diria o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman, voláteis. E isso nos leva a outro extremo.

Opção 2 | A uma nova conjuntura de externalidades multiencadeadas que molda uma nova macroeconomia digital. Só pelas possibilidades concretas já provadas (os 4,5 bilhões de pessoas conectadas), cada um agora quer criar sua própria megainfraestrutura, estamos quase como na febre inicial das lojas de aplicativos, das redes sociais etc.

A rápida criação da rede social Tik Tok, comparada às redes já existentes, levantou uma lebre de como é rápida essa migração de clientes/consumidores/produtores. E deixou claro que essas novas redes, ao contrário do que se pensava, não são isoladas, mas interconectadas. Geram externalidades NELAS e também ENTRE elas.

Na falta de termos melhores, vou criar neologismos para abordar dois conceitos-chave da metaeconomia:

  • ONLINIERALIDADE – o fato de estar tudo ultrainterconectado, mas não só a infra digital, mas mentes e atenções humanas.

  • MULTIEXTERNALIDADES – as implicações encadeadas dos eventos, agentes, sistemas e ecossistemas, todos cada dia mais complexa e intimamente catalisados em uma "quási" instantaneidade para além da compreensão imediata.

IMPACTOS MACRO

A metaeconomia é uma economia digital. Em rede. Tem uma intensa ONLINIERALIDADE e cria valor por MULTIEXTERNALIDADES. “E daí?”, você pode perguntar. Bem, daí que os impactos macro disso são significativos.

Vejamos um exemplo simples. Antigamente, um profissional X, de uma empresa Y, era alocado para trabalhar num projeto Z, num país K, e receberia na moeda do seu país de origem, mesmo com a empresa Y recebendo do cliente na moeda do país K. Essa é a versão indiana da globalização 1.0 de serviços, inclusive, nem tão antiga.

Mas, agora, a versão deste início de metaeconomia é diferente, porque esse profissional tem muito mais caminhos a escolher. Imagine um profissional que mora em Itacaré (BA) e trabalha para uma empresa inglesa recebendo salário em libras esterlinas (com um custo de vida praiano baiano). Temos caracterizada a exportação de serviços e a importação de valor, certo? Com um único profissional. Fica mais fluido ainda se o pagamento for feito em criptoativos; eliminam-se mais custos.

economia individual dentro da metaeconomia

Listo aqui alguns impactos-chave, adotando o ponto e vista de um país como o Brasil:

Sobre o comércio internacional. É sabido que os países em desenvolvimento têm menor consumo digital per capita, inclusive pelos custos abusivos de tecnologia (desde equipamentos a conexões de internet), o que lhes confere uma menor capacidade de produção digital. O que resta aos países não ricos para exportar? Tempo humano na forma de atenção a conteúdos produzidos nos países ricos. Esses mercados emergentes entregam atenção como “eyeballs” (termo em inglês que se refere aos olhos das pessoas que assistem a tais conteúdos) e “intense snap navigators” (expressão que designa, em inglês, pessoas navegando na internet móvel com o dedão fazendo o infinito fluxo de coisas rolar pra cima). E esses mercados são cobrados pela propaganda exibida. Importante: como subproduto da atenção, eles entregam também dados e "cookies" de rastreamento.

Sobre os talentos. Quando exportamos e viabilizamos um mercado de agentes produtivos digitais sem pátria (categoria que vai de artistas, experts em entretenimento e storytelling até professores das mais diversas atividades), observamos novamente as novas fontes de renda como um fenômeno reverso ao das grandes produtoras. Temos de cursos de barbeiros instrutores de dança de TikTok, por exemplo, e eles se sustentam. (É sério, eles existem.)

É muito importante para esses talentos a arte da narrativa. Meu exemplo preferido são as plataformas de meditação guiada, nas quais o cliente paga assinatura anual e os "guias de meditação" recebem conforme suas histórias forem ouvidas, no modelo conhecido como “play-to-earn”.

Sobre os mercados locais. Grandes planos de desenvolvimento nacional do passado tinham macronúcleos industriais geográficos, como, por exemplo, o núcleo automobilístico no Brasil, com iniciativas na região do ABC paulista, na mineira Betim etc.

Pois esses núcleos hoje vêm cedendo lugar à ideia de “acesso”, fomentando as economias criativas pulverizadas, como a dos "tiktok dancers". A criptoeconomia e fenômenos como o “play-to-earn" só fazem alavancar mais ainda esse impacto. É a dinâmica do que denominamos "big techs", que, a um olhar atento, não passam de empresas-nações em seus livres exercícios de competitividade econômica, quase que saindo das páginas do livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith.

Sobre os players. Se a turma de Karl Marx habitasse o século 21, ficaria impressionada com a dicotomia dos extremos, entre empresas e agentes autônomos. Ao confrontar o Uber e seus motoristas, por exemplo, o conflito de interesses fica claro. Mais recentemente, a briga entre Apple e os produtores de conteúdo (que também são redes em si) chamou a atenção dos marxistas. O fato de os produtores de conteúdo se levantarem contra o "pedágio" da plataforma pôs muitos a questionarem: seria só uma troca de matrizes econômicas?

A meu ver, o debate que põe as big techs e os nanoplayers nos extremos da economia criativa digital global é míope, inócuo e distante da realidade. Os produtores de conteúdo (youtubers, gamers e prosumers digitais em geral) são apenas uma parte do fenômeno. Há os coders, os econotokenizers e outros tantos, e eles desagregam cadeias de valor e as reagregam em multisserviços. E é só o começo do verdadeiro tsunami que vem por aí.

VETORES GLOBALMENTE LOCAIS

A metaeconomia é uma economia digital. Em rede. Tem uma intensa ONLINIERALIDADE e cria valor por MULTIEXTERNALIDADES. E que cria medo, por conta da troca de fluxos contidos por fluxos abertos globais.

Em outras palavras, quem produz tem medo no novo ciclo econômico. Quem consome também tem medo. E quem orquestra tudo isso tem mais medo ainda. A transição de fluxos locais (produção e consumo locais) para fluxos hiperglobais (captação de atenção, produção, consumo e mercados secundários) gerou batalhas de bastidores tão sangrentas e destrutivas como qualquer batalha da história – como se sabe, os jogos capitalistas são de soma zero, mesmo que sejam infinitos.

Mas um singelo fator dessa metaeconomia ainda intriga economistas e teóricos de desenho de mecanismos de incentivo e competição: os reinos da metaeconomia favorecem ao extremo monopólios naturais e também viabilizam sua destruição de maneira fulminante (e quase sempre, imperceptível e repentinamente).

Um Orkut, de repente, como os bares da vida, ficou às moscas; o Facebook virou o lugar a ir. Depois, o FB virou um acumulador de outros lugares a ir e hoje é um monopólio – natural, veja, se todos estão lá, eu mesmo não quero deixar de estar. Mas assim será até não ser mais. Até que apareça outra moda, como a de substituir posts por dancinhas de Tik Tok. Até que outros hábitos se formem, como o de trocar a rede social de preferência em vez de acumular várias.

Os vetores globais ficam claros? Pois há mais um – a criptoeconomia. Em um certo ano de 2014, um certo canadense revoltado por ter perdido uma parte do seu dinheiro em uma aplicação financeira decidiu construir o "computador imparável", para que ninguém pudesse, jamais, sumir de novo, com suas tão suadas e conquistadas facas ginsu virtuais (ou algo parecido). Nascia o “protocolo Ethereum”, seguido do ecossistema Ethereum, o token Ethereum e a economia do Ethereum, a tokenomics.

De 2014, quando fizeram a primeira "vaquinha" para construir o Ethereum, até o final de 2018, ao fim da "bolha dos ICOs" – nome chique pra vaquinha digital –, criaram-se a criptoeconomia e termos mais-que-exóticos, como tokenomics. É uma economia "semiparalela", "meio underground”, inicialmente dirigida a pessoas estranhas como eu, que não gostam de videogames, por estes serem velhos; são o mainstream há muito tempo. A vida digital virou dinheiro real. No princípio tudo eram fichas de fliperama, então player cards, cartuchos (para os atarianos), skins (nunca entendi esse termo, mas sou cringe) e outros badulaques similares em ecossistemas fechados. Até que veio o canadense revoltado e abriu tudo.

De muitas maneiras, a metaeconomia é a tradução de sistemas abertos, além das criptomoedas, em que cada um poderia criar sua própria "economia programável". Tokenizar nada mais é do que “criar ativos globais”.

Isso dito, gostaria de dar um desfecho dramático a este artigo, não no sentido da tristeza, mas na radicalização, para estimular a reflexão sobre essa metaeconomia em que estamos ingressando. O leitor me permite?

Pense: e se tokenizarmos tudo?! Se criarmos um token que represente todo e qualquer ativo do planeta? E se, com esse token, comercializarmos esses ativos seja em uma economia aberta, autônoma e (ainda nem tanto) distribuída, seja em portais web tão fechados quanto quaisquer outros, mas cuja infraestrutura transacional será uma rede de criptoativos qualquer (ou várias redes, como os portais de tokens de artes e colecionáveis).

Para nosso acesso a essa economia, haverá as wallets digitais, que acessaremos com senhas ultraexóticas e virtualmente impossíveis de clonar, as tais chaves privadas (com elas "assinaremos" as transações). Lembrando que, por conta dessas chaves privadas, teremos criado identidades digitais únicas e intransferíveis. E finalmente, nesses cofres digitais, estaremos sempre de posse, integralmente nossa, de toda a nossa riqueza. Física. Digital. Figital!

Esse é o nosso hype do momento. E perdurará até uma nova dramática mudança, até que novos hábitos tecnológicos se formem, ou até que finalmente tenhamos o metaverso fora da prancheta e em teste. Todos nós já somos, e seremos, cobaias e cientistas no experimento dessa metaeconomia. Ter consciência disso é o melhor que podemos fazer.

Outros nomes


O termo “metaeconomia” foi escolhido por Courtnay Guimarães para refletir a metarrealidade, mas haveria outros nomes similares, como, por exemplo, “economia de realidade sintética”, que remeteria a uma realidade quase 100% vivenciada por robôs e com eles. Outra expressão cada vez mais utilizada para designar as mudanças que vêm acontecendo é “figital”, de Silvio Meira, que remete à conjunção dos espaços físico, social e digital no mesmo momento. Como explica Guimarães, “figital” é a infraestrutura da metaeconomia. “Se pegássemos a série 'Game of Thrones' como analogia da metaeconomia, já que gerou uma metarrealidade, o figital seria a TV a cabo que a transmitiu.”

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Autoria

Colunista Courtnay Guimarães

Courtnay Guimarães

COURTNAY GUIMARÃES é cientista-chefe e CTO para financial services da Avanade, ligada à Accenture. Sintetizando-se como um cypherpunk – e criptógrafo, portanto –, ele é um dos pioneiros do evento Hack Town, em Santa Rita do Sapucaí (MG).

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