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ESG
26 Julho | 2024
Evitando o escoamento de dinheiro público: a revolução das Cidades-Esponja
6 min de leitura
"Design é um exercício de empatia. Empatia é um exercício de design".
Essa é uma das frases de Brené Brown, famosa pesquisadora americana, reconhecida globalmente por suas pesquisas e livros sobre vergonha, vulnerabilidade, empatia e coragem. Nela, Brené reforça e conexão profunda entre estes dois temas, tão discutidos nos tempos atuais.
Cada vez mais as organizações tem falado de metodologias ágeis, multidisciplinares e colaborativas para solucionar problemas complexos e inovar, mas poucas tem compreendido como design e empatia estão intimamente conectados neste contexto da 4a Revolução Industrial. Para compreender esta conexão, primeiro precisamos entender como o conceito de design evoluiu (e se ampliou) ao longo do tempo:
Inicialmente, o conceito de design era visto a partir de símbolos e imagens (gráficos, logotipos, informações,etc.).
Com o tempo, as pessoas passaram a trabalhar o conceito de design industrial, entendendo como esse mindset poderia ser aplicado ao desenho de produtos, linhas de produção e espaços físicos.
Em seguida, com o avanço das tecnologias e produtos digitais, o design de interação passou a ser estudado, entendendo como os consumidores interagiam com serviços, experiências e ferramentas digitais.
Já hoje, o conceito se ampliou ainda mais e as pessoas passaram a entender o design como uma metodologia para desenhar modelos de negócio, sistemas, estratégias de aprendizagem e culturas organizacionais.
Assim, também vem à tona o termo Design Thinking, que significa, literalmente, pensar como um designer (considerando toda a amplitude que este conceito tomou no decorrer do tempo) na maneira de enxergar o mundo, analisar problemas e desenhar soluções. A metodologia foi popularizada por Tim Brown, CEO da IDEO, empresa norte-americana de consultoria que é referência no tema.
O objetivo do Design Thinking é ir além de uma inovação emocional, funcional ou de processo. Seu grande foco é conseguir inovar a experiência do seu público-alvo, conectando negócios, tecnologias e pessoas. Para tal, algumas passos devem ser seguidos e, por mais que eles possam variar de acordo com o autor ou a linha de pesquisa, gosto de tomar como referência a d.school (Instituto de Design da Universidade de Stanford), que propõe cinco grandes etapas:
(1) Empatizar;
(2) Definir;
(3) Idealizar / Criar;
(4) Prototipar;
(5) Testar, conforme a imagem abaixo.
Idris Monotee, autor do livro Design Thinking for Strategic Innovation, reforça que “o Design Thinking nos empodera e nos encoraja a experimentar”.
Por esses e outros fatores, a Blend Edu entende esta metodologia como uma das grandes aliadas no desenho e na implementação do programa de diversidade das organizações, incorporando-a no nosso modelo de atuação e realizando treinamentos sobre o tema.
Um dos clientes que aderiu essa estratégia é o Grupo Fleury, uma das maiores e mais respeitadas empresas de medicina e saúde do país e que possui mais de 10.000 colaboradores.
Desde 2018, a Blend Edu tem realizado workshops de imersão em Design Thinking como parte oficial do Programa de Desenvolvimento da Liderança (PDL), abordando temas e questões relacionadas à diversidade e compartilhando diversas ferramentas práticas para que gestores e gestoras possam desenhar soluções baseadas em um processo empático.
Foto: Turma do Fleury com Thalita Gelenske, fundadora da Blend Edu
Como forma de compreender melhor este case, realizamos uma entrevista com Daniel Périgo, Gerente sênior de Sustentabilidade do Grupo Fleury.
1) Como e por que surgiu a ideia de trabalhar o tema de Design Thinking dentro do PDL (Programa de Desenvolvimento da Liderança)?
Acreditamos que a metodologia de Design Thinking é importante para o desenvolvimento de nossas lideranças por poder ser aplicada no dia a dia, visando solucionar problemas por uma abordagem mental prática, alcançando a inovação em produtos e serviços, sempre focado no indivíduo. Inserimos esse tema na trilha dos líderes há alguns anos e, em 2018, fizemos a parceria com a Blend Edu para reforçar também o tema Diversidade.
2) Em 2018, a Blend Edu sugeriu que durante o treinamento de DT fosse realizado com um desafio de diversidade, sugestão que foi bem recebida pela equipe de Educação e Sustentabilidade do Grupo Fleury. Qual o potencial e oportunidade que vocês enxergaram em, além de trabalhar a metodologia, trazer um desafio / problema relacionado à diversidade para ser debatido com os participantes do treinamento?
O Design Thinking é um método de ideação e solução de desafios e problemas, e sua aplicação coincidiu com um momento de revisão das iniciativas e plataformas do Programa de Diversidade do Grupo Fleury, em especial às relacionadas ao pilar LGBTQIA+. Atrelar o curso às questões de Diversidade e Inclusão foi uma maneira de aumentar a visibilidade desse tema junto aos coordenadores; buscar, de modo coletivo, ideias e soluções que pudessem agregar valor ao programa e preparar os gestores para lidarem melhor com os desafios e dilemas da Diversidade no dia a dia.
3) Como este treinamento com foco em diversidade conversa com a estratégia e os valores do Grupo Fleury?
Diversidade é um assunto de grande importância para o Grupo Fleury. É um tema transversal que transita por diferentes áreas e processos da organização e se conecta com todos os colaboradores e, também, com os clientes da empresa. Investir em Diversidade traz diversos benefícios à organização, desde o fomento à inovação até a melhoria do clima organizacional, melhora do relacionamento com as partes interessadas, melhores taxas de atração e retenção de talentos, dentre outros aspectos. Além disso, está intimamente conectado ao respeito e à solidariedade, dois dos valores fundamentais do Grupo Fleury. Portanto, atuar nesta frente reforça os valores da companhia.
4) Como tem sido a receptividade e feedback dos participantes nos treinamentos de Design Thinking com foco em Diversidade, realizados nos últimos anos em parceria com a Blend Edu?
Os feedbacks dos participantes foram positivos. Eles aprenderam não apenas a metodologia de Design Thinking e sim como focar nas pessoas para resolução dos problemas. Muitos deles ficaram surpresos com os dados e informações compartilhadas. Disseram que o assunto Diversidade foi abordado de uma forma prática, fazendo refletir sobre a importância do tema para a sociedade e para o Grupo Fleury.
Fundadora e CEO da Blend Edu, startup que já tem em seu portfólio empresas como 3M, TIM, Reserva, Movile, Grupo Fleury, TechnipFMC, Prumo Logística, brMalls etc. Thalita também está presente na lista da Forbes Under 30 de 2019, como uma dos 6 jovens destaques na categoria Terceiro Setor e Empreendedorismo Social.
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