
Cultura organizacional
27 Novembro | 2023
Cultura de desenvolvimento para o crescimento sustentável da organização
3 min de leitura
Em 2017, o Fórum Econômico Mundial previu: 65% das crianças que hoje estão na escola primária trabalharão em profissões que ainda não existem. Mas não precisamos esperar essas crianças crescerem para perceber que já existem impactos imediatos no mercado de trabalho.
Os avanços tecnológicos são os grandes responsáveis pelas rápidas mudanças, e o relatório do Fórum Mundial também destacou que os profissionais do futuro perceberão alterações constantes nas competências exigidas. Praticamente em todas as indústrias, a tecnologia e a inovação estão reduzindo o prazo de validade das habilidades dos trabalhadores.
O presidente do Fórum, Klaus Schwab, foi claro ao alertar os governos, no sentido de que sem ações para gerenciar as transições de curto prazo e desenvolver uma força de trabalho com habilidades profissionais modernas, o desemprego e a desigualdade vão crescer cada vez mais.
Em meio a essa transformação, o modelo educacional existente há muito deixou de ser atraente para os estudantes das novas gerações. Dados do Inep do Censo Escolar (2015) apontam que a taxa de evasão no Ensino Superior acumulada em cinco anos para aqueles que entraram numa faculdade em 2010 foi de 49%.
Dentre os motivos apontados estão a falta de identificação com o curso e a desinformação na opção por uma carreira profissional. Em minha experiência como gestor educacional de uma das maiores universidades do Sul do Brasil, vimos que o valor das mensalidades não é o principal motivo de evasão, mas a falta de interesse no curso.
Esse cenário em torno da educação e a quebra de paradigmas dos modelos atualmente praticados tendem a ser reflexos da 4ª Revolução Industrial. O conceito desenvolvido pelo presidente do Fórum destaca que as novas tecnologias estão fundindo os mundos físicos, digital e biológico, nos fazendo repensar como os países e os mercados estão se desenvolvendo.
Esta revolução tecnológica em escala global afeta a todos e impacta os inúmeros aspectos da vida humana. Na educação, é claro, não é diferente. A convergência entre as tecnologias, com o uso cada vez mais frequente de inteligência artificial, big data, robótica, entre outros, faz surgir a cada dia empregos nunca imaginados por gerações anteriores, e faltam profissionais preparados para essa demanda.
Em 2019, mais uma vez, um dos principais temas discutidos no Fórum foi o futuro trabalho. É impossível pensar no assunto sem também discutir a educação. As novas profissões não estão surgindo nas universidades ou nas corporações, e quem está assumindo o protagonismo nesse cenário são as startups, que surgem da identificação de problemas e busca rápida por soluções inovadoras.
Nesse contexto, é necessário pensar na demanda dos jovens que já não se encaixam na educação tradicional. Precisamos de um modelo mais dinâmico, mais alinhado com as expectativas da Geração Z (nascidos após 1990), que invista nas novas relações do mercado e proporcione o desenvolvimento das habilidades necessárias para esse novo momento, com base nas competências socioemocionais chamadas de “soft skills”.
No Vale do Silício, berço da inovação mundial, instituições como a Singularity University, Draper University of Heroes e École 42 estão inovando ao oferecer modelos disruptivos de educação. No Brasil, iniciativas como a da 49 educação, que apresentou o conceito de startup university ao Brasil, também ganham força.
Se eu pudesse dar uma dica para todos os pais e educadores de hoje, seria: eduquem para que as crianças sejam solucionadoras de problemas, para que desenvolvam habilidades que as tornem capazes de pensar criativamente diante de tudo de novo que surge a cada momento.
Desejo aos jovens profissionais que continuem a questionar os atuais modelos. A proposição de reflexão é importante não apenas para vocês, mas para os profissionais do amanhã, que ainda irão encontrá-los pela vida e no mercado de trabalho.
Professor, gestor educacional e founder da 49 Educação
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